Conquista da cidadania e de residência permanente aumentaram na Flórida

Flórida foi o segundo estado em concessão de naturalização americana e o terceiro em residência permanente, em 2018

Por Arlaine Castro

O gaúcho Rene Rivas, 53 anos, na cerimônia de naturalização com a esposa Grace e os filhos Romeo, 10, e Santiago, 4.

O Department of Homeland Security disponibilizou neste mês os dados mais atuais referentes às naturalizações (cidadania) e residências permanentes (green cards) concedidas a estrangeiros no ano fiscal de 2018 que revelaram um aumento no número de naturalizações enquanto o número de concessão de green cards diminuiu.

De acordo com o DHS, o total de novas naturalizações concedidas em 2018 foi de 761,901, bem acima das 707.265 em 2017 e ainda dos 753.060 em 2016. Do total citado, 95,978 delas aconteceram na Flórida - que também viu um aumento em comparação com anos anteriores.

O Sunshine State concedeu 7,214 cidadanias a mais em 2018 do que no ano anterior. Foram 95,978 naturalizações, ante 88,764 em 2017 e 69,485 em 2016.

Para a advogada de imigração Ingrid Domingues, esse aumento em 2018 - que provavelmente deve se repetir no ano fiscal de 2019 - foi e continuará sendo motivado pelas eleições e "também porque quem é portador de green card está com 'medo' que algo vá mudar e quer solidificar sua situação", explica.

Brasileiros

naturalizados

Mais cidadãos brasileiros se tornaram americanos naturalizados em 2018 do que nos dois anos anteriores. Em todo o país foram 10,538, ante 9,701 em 2017 e 10,268 em 2016.

Mesmo passando por um processo de naturalização rápido e tranquilo, iniciado em 2018 e finalizado no ano passado, o gaúcho Rene Rivas, 53 anos, pensa que está ficando mais difícil para estrangeiros obter a cidadania. "A política do Trump tem ajudado nisso". E explica que no seu caso, a facilidade veio por ser casado há 25 anos anos com uma cidadã americana, ter os três filhos nascidos nos EUA, já ter tido o green card e ter morado no país por alguns anos antes de ir para o Brasil e retornar.

"Antes nunca pensei em fazer a cidadania. Voltamos em 2015 e como nossos filhos são americanos, decidi iniciar o processo no fim de 2018. Fiz a prova e acabei recebendo a cidadania meses depois. Estou bastante satisfeito pois o país sempre me recebeu muito bem", destaca o administrador de empresas que hoje mora em Ormond Beach (FL) com a esposa e os três filhos.