Brasileira em Orlando conta como superou a COVID-19 mesmo com doenças preexistentes

Asmática, anêmica e alérgica, a empresária e enfermeira Cristina Faria, 48 anos, ficou 15 dias em isolamento

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Cristina Faria, fundadora do grupo de clínicas médicas VIP Walk Clinic na Flórida, se recuperou da doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, 80% das pessoas infectadas pela COVID-19 - doença provocada pelo novo coronavírus -se recuperam com tratamento, sem precisar de internação e de equipamentos mais sofisticados, como respiradores e leitos de UTI.

Em todo o mundo, o número de pessoas que se recuperaram ultrapassavam 308 mil até a noite de quarta-feira, 8. Nos Estados Unidos, os recuperados somavam 22.563 - mais que as 12.936 mortes. Os dados são da Universidade Johns Hopkins, de Baltimore, que monitora os casos em todos os países desde o início da pandemia global.

Sem números na FL

Na Flórida, o Departamento Estadual de Saúde não divulga a quantidade das pessoas que se recuperaram. Segundo o órgão, ainda não há definição de recuperação para a doença. Mas a brasileira Cristina Faria, de Orange County, está nesta estatística. Infectada pelo vírus, após 12 dias de isolamento ela se recuperou, e relatou sua história ao Gazeta News.

"Saía do banho

exausta"

"Levantava para tomar banho e saía dele exausta", relembra a empresária e enfermeira, 48 anos, fundadora do grupo de clínicas médicas VIP Walk Clinic na Flórida, que ficou 15 dias em isolamento total depois da confirmação da COVID-19. Sem saber como e quando foi contaminada (ela esteve em Nova York na semana anterior e também participou de um dos eventos que recebeu o presidente Jair Bolsonaro e sua comitiva em Miami, em março) Faria fez um relato emocionado sobre a superação da doença.

"Fui a primeira paciente confirmada com a COVID-19 no condado de Orange. De 12 a 27 de março foram meus dias em isolamento. Comecei a sentir os sintomas e não fui para a clínica trabalhar. Me sentia debilitada, muito fraca, com muitas dores pelo corpo todo e sabia que havia algo de errado, eram umas reações estranhas", conta.

"No dia 12, falei com médicos da clínica e resolvi ir ao Orlando Health Department, mas eles não estavam preparados para a pandemia e me encaminharam ao Advent Health, em Downtown Orlando, onde fiz o exame e confirmou-se a suspeita. Foram horas até eu receber o diagnóstico quase meia-noite. Fiquei esperando no carro. Optei então por seguir a orientação do meu médico e fui para casa, onde fui tratada à distância por ele e outros profissionais".

Asmática, anêmica

e alérgica

Com quadro crônico de saúde por ser asmática, anêmica e alérgica, o que compromete muito o sistema respiratório, a empresária faz tratamento semanal com injeções para o quadro alérgico e mensal com vitaminas e sais minerais, proteína, ferro e soro, para reforçar o sistema imunológico. "Sou uma paciente crônica, apesar de eu não estar na terceira idade, tenho probabilidade de riscos muito altos, não só para coronavírus, mas para outros vírus como o H1N1 - que já peguei - e Influenza que pego todo ano".

Tratamento e

recuperação

Durante o isolamento, duas crises respiratórias bem agudas a fizeram pensar em chamar a emergência. Mas desistiu. Com nebulização, azitromicina, "além de muito chá quente, líquido e muito soro", melhorou. Leia a entrevista completa no gazetanews.com.