Mãe admite que levou filho autista para morrer em canal em Miami

Imagens de câmeras de vigilância mostraram a mulher empurrando o garoto "para dentro do canal" durante a primeira tentativa de matá-lo

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Alejandro Ripley, 9 anos, sofria de autismo severo e não falava.

"Ele vai estar em um lugar melhor", disse Patricia Ripley, 47 anos, ao admitir que levou o filho Alejandro Ripley, de 9 anos, com quadro de autismo severo, até um canal em Miami onde o garoto foi encontrado morto na manhã de sexta-feira, 22.

Inicialmente, a mulher que mora com a família em West Kendall, alegou à polícia que seu filho havia sido sequestrado.

História mal contada

Os detalhes chocantes de sua confissão surgiram no sábado, 23, quando os detetives de homicídios de Miami-Dade levaram Ripley para a prisão sob a acusação de assassinato em primeiro grau.

Na quinta-feira, 21, após o crime, ela tinha dito à polícia que o filho havia sido sequestrado por dois afro-americanos que pegaram seu carro e seguiram com o filho - o que desencadeou uma caçada frenética em todo o estado e terminou no início da sexta-feira quando o corpo do garoto foi encontrado em um lago, na região do Miccosukee Golf & Country Club.

Durante a investigação, a polícia desconfiou da mulher que entrou em contradição ao dar detalhes.

De acordo com as autoridades, o assassinato foi bem planejado: primeiro, ela tentou afogar Alejando na noite de quinta-feira, mas foi frustrada quando uma pessoa que passava entrou e resgatou o garoto da água.

"Uma hora depois, ela levou o garoto a um canal diferente … desta vez, não havia ninguém para salvá-lo", disse Katherine Fernandez Rundle, procuradora do estado de Miami-Dade.

Autista não-verbal

Alejandro não se comunicava verbalmente e chegou a frequentar a Greater Heights Academy, uma escola de West Kendall para crianças com necessidades especiais. Nos últimos meses, o garoto recebia aulas particulares em casa - os investigadores acreditam que isso pode ter sobrecarregado a mãe.

Casada, Ripley tem também outro filho cuja idade não foi informada. Em sua primeira audiência no sábado, um juiz ordenou que ela fosse mantida presa sem fiança pela acusação de assassinato em primeiro grau. Ela também é acusada de tentativa de assassinato em primeiro grau.

Imagens de câmeras de vigilância a mostraram empurrando o garoto "para dentro do canal" durante a primeira tentativa de matá-lo, por volta das 19h20, de acordo com o relatório da polícia. Fonte: Miami Herald. Leia a matéria completa no gazetanews.com.