FMI reduz previsão de crescimento do Brasil

Por Gazeta Admininstrator

Reunião anual do FMI acontece neste fim de semana
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento do Brasil este ano, de 3,7% para 3,3%.
Para 2006, a projeção é de uma expansão de 3,5%.

O FMI também revisou para baixo o crescimento real do PIB no ano passado de 5,2% para 4,9%.

A mudança, de acordo com o relatório Panorama Econômico Mundial, deve-se à fraca atividade econômica do primeiro trimestre deste ano, com o aperto da política monetária.

A instituição diz que o crescimento se recuperou no segundo trimestre, graças ao aumento do consumo privado e do investimento, mas alerta que ainda há riscos.

"Indicadores recentes apontam para um potencial de crescimento em alta, mas o aumento dos preços do petróleo e as possíveis consequências das incertezas na área política aumentam os riscos", diz o relatório, divulgado nesta quarta-feira em antecipação à reunião anual do FMI, que acontece neste fim de semana em Washington.

Comparação

Mais uma vez, o crescimento da economia brasileira será inferior à média da América Latina.

A projeção do FMI é de uma expansão de 4,1% para a região neste ano e de 3,8% em 2006.

A instituição avalia que a América Latina entrou num ritmo de crescimento sustentado, depois de ter crescido 5,6% em 2004.

"A expansão deve continuar num ritmo sólido, com crescimento acima da média dos anos 90, estimulada pelo crescimento tanto da demanda interna como externa", diz o relatório.

A previsão de crescimento de 4,3% para a economia mundial foi mantida, mas o FMI alerta para o impacto do furacão Katrina nos preços do petróleo.

Para 2006, a projeção de crescimento foi ligeiramente reduzida de 4,4% para 4,3%.

Reformas

Os economistas do Fundo ressaltam que a inflação brasileira está próxima da meta e, se cair ainda mais nos próximos meses, pode permitir a redução gradual da taxa de juros pelo Banco Central.

Na semana passada, o BC promoveu a primeira redução da taxa de juros em 17 meses.

"Para acomodar gastos essenciais na área social e na infra-estrutura, e ao mesmo tempo manter grandes superávits, são necessárias reformas para diminuir a rigidez orçamentária e aumentar a qualidade e a eficiência dos gastos", diz o relatório.