Fome mata 6 milhões de crianças por ano, diz FAO

Por Gazeta Admininstrator

Metas de reduzir fome no mundo não serão cumpridas, segundo FAO
Seis milhões de crianças morrem por ano, no mundo, devido à fome e à desnutrição, segundo a FAO – organismo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.
A maioria morre de doenças infecciosas curáveis como pneumonia, diarréia, sarampo e malária por já estar debilitada, de acordo com estudo da FAO.

Se for mantido o ritmo atual de progresso e redução da pobreza, nas diversas regiões em desenvolvimento, apenas América Latina e Caribe alcançarão as metas de reduzir a fome no mundo à metade estabelecidas pela ONU em 1996, segundo o relatório.

De acordo com os indicadores da FAO, em 10 anos o número de desnutridos no Brasil diminuiu em 3%.

Moderado

De acordo com o documento, dificilmente será possível atingir as metas para o mundo propostas pela Cúpula Mundial sobre a Alimentação, em 1996, embora alguns países em desenvolvimento já tenham alcançado esse objetivo.

“Há países da América Latina em que a meta já foi atingida. Um deles é Cuba”, diz Jorge Mernies, da divisão estatística da FAO.

“Este progresso é relativo não apenas ao objetivo do milênio, que é reduzir a proporção, mas é positivo também em termos de redução do número”, diz Mernies.

O analista da FAO cita como exemplo alguns países africanos, que conseguem reduzir a proporção, mas não o número, porque registram altas taxas de crescimento demográfico.

“O Brasil, no entanto, está progredindo nos dois indicadores e está em níveis relativamente baixos do problema ”, segundo o analista da FAO.

Para atingir os objetivos do milênio, a FAO sugere investimentos nas áreas rurais e na agricultura.

Segundo as últimas estimativas da entidade, são 852 milhões as pessoas subnutridas, e 75% delas vivem nas zonas rurais, com menos recursos.

Segundo Mernies, o relatório traça uma relação genérica entre crescimento econômico e redução da fome.

O estudo da FAO aponta crescimento econômico, investimento em agricultura, bom governo, estabilidade política e educação como algumas das condições essenciais para reduzir a fome no mundo.

O documento sugere também que os governos favoreçam a participação das pessoas mais pobres no processo produtivo e criem acesso direto aos alimentos através de redes de proteção social.