Força Sindical é contra o decreto feito pelo presidente da Bolívia.

Por Gazeta Admininstrator

Por meio de nota publicada nesta terça-feira(02), a Força Sindical deixa claro sua posição contrária ao decreto do presidente boliviano, Evo Morales, que nacionalizou as reservas de petróleo e gás natural em seu país. No documento a Força Sindical cobra uma atitude urgente por parte do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

O decreto feito por Evo Morales na manhã da última segunda-feira(01) atinge diretamente os interesses do Brasil, que explora petróleo e gás na Bolívia por meio da Petrobras e importa daquele país mais da metade do gás natural consumido internamente.

Leia a íntegra da nota da Força Sindical:

"A atitude insensata do atual governo boliviano pode causar enormes prejuízos aos trabalhadores brasileiros que usaram dinheiro do FGTS e compraram ações da Petrobras incentivadas pelos sindicatos da Força Sindical e o governo federal. Os 337 mil trabalhadores que usaram parte dos recursos e hoje estão apreensivos quanto os rumos da estatal, já que tal investimento pode ocasionar perdas.

O presidente Lula não pode de forma alguma permitir tal quebra de contrato de forma abrupta. O governo brasileiro precisa agir urgente com determinação já que esta medida afeta diretamente os brasileiros, visto que a Petrobras é uma empresa formada por dinheiro público. Taxar os produtos bolivianos de forma diferenciada é uma das atitudes que podem ser tomada pelo governo. É preciso pensar que a soberania nacional foi afetada.

É preciso ressaltar ainda que metade do gás natural consumido internamente é proveniente daquele país da América do Sul. Empresas que utilizam tal produto podem ser obrigadas a fechar e dispensar funcionários resultando no aumento do desemprego no país. Isto por que a médio prazo podemos ter problemas de abastecimento."

Paulo Pereira da Silva (Paulinho)
Presidente da Força Sindical