Foreclosure ameaça milhões de pessoas

Por Gazeta Admininstrator

Os processos de execução de despejo de imóveis ocupados por compradores inadimplentes duplicaram em julho nos Estados Unidos, alcançando um total de 179,59, o que representa uma em 693 residências, informou ontem o site da RealtyTrac. [...]Estamos no nível mais elevado de execuções em 37 anos, e no nível mais baixo em 10 anos na atividade da construção civil”.

Estes dados apontam para um aumento de 93% em relação a julho de 2006 e 9% na comparação com junho, destacou o serviço, enumerando os diferentes procedimentos (leilão, despejo pelos bancos, inadimplência).

De acordo com o RealtyTrac, nos sete primeiros meses de 2007, foram iniciados mais de 1,1 milhão de processos nos EUA, o que representa um aumento de 60%. O ritmo da retomada de imóveis nos EUA aumentou também em relação ao primeiro semestre, quando o percentual era de uma em cada 134 casas, com um total de 925.986 procedimentos (referentes a 573.397 casas, aumento de 55% em um ano).

A metade dos relatórios de despejo de julho se refere a cinco estados: Califórnia, Flórida, Michigan, Ohio e Geórgia, destacou Saccacio. O presidente do RealtyTrac, James Saccacio, previu em julho que havia mais de dois milhões de julgamentos de recuperação de posse em 2007.

Material de campanha
O senador democrata Christopher Dodd afirmou que “entre um e três milhões de pessoas podem perder suas casas, em meio ao preço em disparada das prestações dos empréstimos hipotecários contraídos a juro variável. “Por causa de certos tipos de créditos concedidos entre 2004 e 2006, a variação das taxas de juros pode elevar as prestações de US$ 400 para mais de US$ 1,5 mil, para os que contraíram os empréstimos a risco”, acrescentou o senador, pré-candidato à presidência.

Dodd falou aos americanos ao término de uma reunião com o presidente do Fed, Ben Bernanke, e com o secretário do Tesouro, Henry Paulson. “Estamos no nível mais elevado de execuções em 37 anos, e no nível mais baixo em 10 anos na atividade da construção civil”.