Formalizada a criação da CPMI dos Sanguessugas.

Por Gazeta Admininstrator

O Congresso Nacional realizou hoje sessão conjunta para formalizar a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas.

A CPMI vai investigar o esquema de compra de ambulâncias superfaturadas, revelado pela chamada Operação Sanguessuga.

A decisão de instalar a CPMI foi tomada pelos líderes partidários na semana passada, quando o requerimento para sua criação obteve o número necessário de assinaturas.

O presidente do Congresso, Renan Calheiros, deu prazo até a próxima terça-feira (20) para que os líderes partidários indiquem os integrantes de seus partidos para a instalação da comissão. Se os líderes não os indicarem, Calheiros poderá fazê-lo, como lhe faculta o Regimento Comum do Congresso Nacional.

A Operação Sanguessuga apontou o envolvimento de funcionários do Ministério da Saúde, parlamentares, ex-parlamentares e assessores no esquema de superfaturamento coordenado pela empresa Planam, do Mato Grosso do Sul, que vendia ambulâncias a prefeituras.

Polêmica

A proposta de criação da CPMI causou polêmica no Congresso. Os partidos que recolheram as assinaturas para pedir a comissão acusaram a base governista e o PMDB de impedirem as investigações.

Alegando uma falha na forma como as assinaturas apareciam no primeiro requerimento apresentado, Renan Calheiros recusou o pedido e obrigou parlamentares do PV, do PPS e do Psol a organizar um novo requerimento e a recolher as assinaturas necessárias.

De acordo com o requerimento de criação da CPMI, ela terá prazo de 180 dias para concluir seus trabalhos, mas há uma proposta de líderes partidários para que, por acordo, esse prazo seja reduzido para 30 dias devido ao calendário eleitoral.

Em razão do critério de rodízio entre as duas Casas, o presidente da CPMI dos Sanguessugas deverá ser um deputado, e a relatoria caberá a um senador.

Agência Câmara