Fotos de abusos foram destruídas após o escândalo

Por Gazeta Admininstrator

Fotos de soldados americanos no Afeganistão, simulando execuções e apontando armas para a cabeça de detidos amarrados, foram destruídas depois da eclosão do escândalo dos abusos na prisão de Abu Ghraib, a fim de se evitar outro constrangimento público para a administração Bush, mostram documentos do Exército divulgados pela American Civil Liberties Union (ACLU).

Os resultados de uma investigação do Exército sobre as fotografias fazem parte de centenas de páginas de documentos obtidas pela organização de defesa das liberdades civis, depois que uma corte federal em Manhattan emitiu ordem forçando a liberação dos papéis sobre o tratamento de detidos mantidos pelos EUA em todo o mundo.
A ACLU afirmou que a investigação mostra a repercussão do escândalo Abu Ghraib, e que esforços para humilhar o inimigo foram mais generalizados do que se pensava.

“Está cada vez mais claro que membros das Forças Armadas estavam conscientes de denúncias de torturas e que esforços foram implementados para apagar provas, fechar investigações e humilhar detidos, buscando silenciá-los”, disse o diretor-executivo da ACLU, Anthony Romero.

O Pentágono não quis comentar imediatamente as denúncias. A investigação de fotos no Afeganistão começaram depois da descoberta de um CD no país, durante a limpeza de um escritório, em julho, e que continha imagens de soldados uniformizados apontando armas para detidos amarrados e encapuzados.