04/02/21 às 22:43 - Brasil
França e China criticam saída dos EUA do Acordo de Paris
Os Estados Unidos oficializaram na terça-feira, 5, sua decisão de se retirar do Acordo de Paris sobre o clima, causando preocupação à União Europeia, China e Rússia.
"Hoje, os Estados Unidos iniciam o processo de retirada dos acordos de Paris. Conforme os termos do acordo, os Estados Unidos submeteram uma notificação formal de sua retirada às Nações Unidas. A retirada será efetiva um ano após a notificação", declarou o secretário de Estado, Mike Pompeo.
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Na prática, os Estados Unidos não poderão concretizar sua saída antes de 4 de novembro de 2020, o dia seguinte da eleição presidencial americana, na qual Trump aspira a um segundo mandato.
Em contrapartida, os presidentes da China, Xi Jinping, e da França, Emmanuel Macron, reafirmaram na quarta-feira em Pequim seu "firme apoio" ao acordo e criticaram a decisão do governo Trump.
Xi e Macron afirmaram que o acordo assinado em 2015 para lutar contra a mudança climática abria um "processo irreversível", segundo uma declaração comum publicada ao final de uma entrevista no último dia da visita do presidente francês a China.
“Quando a China, a União Europeia e a Rússia se comprometem com seriedade, a opção isolada de um país ou de outro não basta para mudar a direção do mundo. Só contribui para isolá-lo”, disse Macron, no último dia da visita à China.
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Para os EUA, o fator econômico pesa. Pompeo invocou novamente "a injusta carga econômica imposta aos trabalhadores, corporações e contribuintes americanos pelos compromissos assumidos pelos Estados Unidos em virtude do acordo". Também prometeu que Washington continuaria "propondo um modelo realista e pragmático nas negociações internacionais sobre o clima". "Como no passado, os Estados Unidos continuarão promovendo a pesquisa, inovação e crescimento econômico enquanto reduz as emissões e se comunica com (seus) amigos e sócios no mundo todo", indicou o secretário.
Em resposta, a União Europeia (UE) se disse disposta a "reforçar a cooperação" com as outras partes do Acordo de Paris e insistiu em que as bases do pacto são "sólidas". Com informações da Reuters.
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