As fraudes contra os fundos de administração dos condomínios estão chegando a valores preocupantes, apesar dos esforços das autoridades para freiar este tipo de delito.
Apenas no ano passado, três casos de apropriação ilícita e malversação de recursos no Sul da Flórida significaram cerca de $2 milhões em perdas.
Somadas aos prejuízos, centenas de reclamações formais apresentadas ao estado provocaram uma iniciativa por parte de Tallahassee.
O Congresso estadual criou um Comitê sobre Condomínios e Associações de Proprietários, presidido pelo representante Júlio Robaina, para recoletar informações e preparar um relatório que será apresentado durante a próxima sessão legislativa.
A intenção, de acordo com Robaina, é revistar documentos financeiros e contábeis de condomínios, associações de proprietários (HOA) e cooperativas, assim como atender a denúncias de roubos e eleições fraudulentas em audiências públicas. “Estamos recorrendo a testemunhos e tentando solucionar os casos mais graves. Reportaremos os resultados à legislatura, em março, com recomendações para reforçar as leis.
Segundo ele, a diferença deste comitê, em relação a outros grupos que já investigam condomínios desde 1990 é que, “pela primeira vez, foi outorgado ao estado o poder de citação (Subpoena Power), que permite reunir a maior quantidade possí-vel de informações, citar os envolvidos e exigir relatórios de contabilidade”, disse.
Audiências
Robaina disse ainda que foram enviadas dezenas de cartas aos condomínios e que haverá audiências públicas em Miami, Sunrise, Orlando e Tampa. Ele pretende colocar diante do comitê representantes das associações e administradores sob suspeita, a fim de que prestem contas. “Assim mesmo estamos questionando as juntas diretivas, empregados, associações (CAM) e, também, o Departamento Estatal de Regulação Profissional e de Empresas/ Divisão de Condomínios (DBPR) sobre as razões que levaram à existência de um número tão grande de casos pendentes envolvendo finanças de condomínios.
