Frustração para os funcionários da Varig.

Por Gazeta Admininstrator

Cerca de 300 funcionários da Varig realizaram a “marcha pela salvação da empresa” ontem em Brasília. Apesar de terem sido recebidos no Congresso, o mesmo não ocorreu no Planalto, onde puderam apenas protocolar um documento que continha algumas propostas das entidades representativas dos trabalhadores.
A manifestação começou ainda pela manhã de ontem, quando alguns funcionários voaram do Rio de Janeiro, em uma aeronave fretada junto à própria Varig, para Brasília. Entre os funcionários estavam Pilotos, comissários de bordo e aeromoça todos trajando seus uniformes habituais de trabalho. Outros funcionários e aposentados da companhia vestiam camisetas amarelas com os dizeres “Por uma nova Varig” e “Unidos pela Varig”.
“O governo deveria ter a consciência de que o quadro mudou. Se ele insistir em uma solução de mercado, é sinal de que não vai fazer nada”, alega o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ). “É inaceitável que falte algum tipo de sensibilidade por parte do governo nesse momento. Não adianta adiar as decisões”, contesta o vice-líder do governo na Câmara, Beto Albuquerque (PSB-RJ).
No meio da tarde, os manifestantes deixaram o Congresso e se dirigiram para o Palácio do Planalto, ao som de apitos e bradando bordões como “a Varig unida jamais será vencida”. Essa caminhada teve a presença de alguns parlamentares, inclusive do partido do governo, como o deputado Marco Maia (PT-RS) e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Mas a expectativa de um diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, foi frustrada. Os representantes dos funcionários da Varig conseguiram chegar ao saguão do Palácio, mas apenas para que a carta com as propostas fosse entregue.