Funcionários da Imigração são presos por fraude de green cards.

Por Gazeta Admininstrator

Procuradores americanos anunciaram na quarta-feira(7) que desbarataram uma rede que fornecia green cards a centenas de imigrantes ilegais mediante casamentos falsos. Dois mentores da quadrilha, que as autoridades acreditam envolver 30 pessoas, eram funcionários do Departamento de Imigração.

Beverly Mozer Browne e seu irmão Phillip A. Browne, funcionário do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) são acusados de fornecer green cards por preços que variavam entre $8 mil e $16 mil.

De acordo com as investigações, Mozer Browne era proprietário da empresa Hel Preparers Provessional Services (HPPS), sediada em Queens, New York, que oferecia assistência aos clientes em uma ampla gama de assuntos financeiros e legais.

A clientela da empresa interessada em documentos falsos recebia documentação de casamento. Em alguns casos, Mozer Browne pagava cidadãos americanos para que entrassem no esquema de casamentos. Em outros casos a empresa produzia falsos documentos indicando que um casamento com um cidadão ou cidadã americana havia ocorrido no passado.

Com a documentação nas mãos, a empresa preparava uma petição de green card, incluindo documentos de suporte tais como falsas certidões de nascimento e cartas fictícias de empregadores e bancos, e enviava o pacote de documentos para o USCIS. O candidato então, era notificado da marcação de entrevista com a imigração.

De acordo com as acusações, o irmão de Mozer Browne, um oficial de Adjudicação Distrital do Departamento de Imigração, aprovava as petições sem requerer que o candidato comparecesse à entrevista.

De abril de 2001 a novembro de 2005 os dois e seus comparsas teriam conseguido emitir centenas de green cards de forma fraudulenta, e recebido mais de $1 milhão. Os irmãos e outros dois integrantes da quadrilha foram acusados de lavagem do dinheiro fruto das fraudes, já que as investigações mostraram que eles realizaram depóstiso de quantias elevadas em diversas contas bancárias, em valores inferiores a $10 mil. O grupo também comprou vários imóveis, a maioria na Flórida e um em Pocono Township, na Pennsylvania, que foram colocados em nome de diversos “laranjas”.

Quadrilha

A quadrilha, segundo as investigações envolve 30 pessoas, sendo que 13 delas trabalhavam para os irmãos na empresa HPPS. Outros dois eram encarregados de encontrar cidadãos americanos dispostos a fazer casamentos de fachada em troca de dinheiro. Os demais 11 acusados, obtiveram green cards de forma fraudulenta, emitindo certidões fraudulentas de casamento.

As acusações de lavagem de dinheiro levam a uma pena máxima de 12 anos de prisão, e de fraude de vistos de 10 anos de prisão.