Furacão derruba nível de emprego nos EUA

Por Gazeta Admininstrator

O número de pessoas empregadas nos Estados Unidos caiu em setembro, pela primeira vez em mais de dois anos. Cerca de 35 mil postos de trabalho deixaram de existir.
A taxa de desemprego divulgada nesta segunda-feira, medida mensalmente, subiu de 4,9% para 5,1%, afirmam dados do Departamento do Trabalho americano.

Houve geração de empregos em algumas áreas, mas isso não foi suficiente para fazer frente ao impacto das demissões causadas em conseqüência do furacão Katrina.

Apesar da má notícia, economistas em Wall Street faziam previsões de uma queda maior no nível de emprego. Previam o desaparecimento de 143 mil postos por causa do furacão.

Setembro foi o primeiro mês desde maio de 2003 a registrar uma queda, em vez de aumento, no número de empregos.

De acordo com o Departamento do Trabalho, se o país não tivesse sido afetado pelo furacão Katrina no fim de agosto, a criação de empregos provavelmente teria sido equivalente à média mensal de 2005: 194 mil.

As autoridades dizem, ainda, que o real impacto do furacão Rita, que ocorreu após o Katrina e atingiu o sul dos Estados Unidos no fim de setembro, só poderá ser detectado nas estatísticas do mês que vem.

Revisão de dados

O Departamento do Trabalho anunciou ainda uma revisão positiva dos números divulgados sobre os dois meses anteriores.

Agora, o governo afirma que 211 mil empregos foram gerados em agosto, no lugar da estimativa anterior de 169 mil. Em julho, 277 mil americanos conquistaram um emprego novo, e não 242 mil como inicialmente publicado.

"Estamos observando números bem mais fortes que se esperava, inclusive com a revisão para cima dos dados de julho e agosto", disse o economista Jason Schenker, do banco Wachovia.

"Tudo isso é bom para a economia, e mostra talvez que a economia não tenha sido tão duramente afetada pelos furacões quanto se antecipava."

Milhares de pessoas tiveram de ser evacuadas de suas casas devido às fortes chuvas e à enchente provocada pelo furacão Katrina na região do Golfo do México e na cidade de Nova Orleans.

Muitos na região foram demitidos à medida que cassinos, empresas de turismo e refinarias de petróleo tiveram suas atividades interrompidas.

Mais de 80 mil pessoas eram empregadas pela indústria do turismo em Nova Oleans. Já os cassinos dentro de embarcações na costa do Golfo garantiam o sustento de 14 mil funcionários.

Além das demissões no setor privado, a prefeitura de Nova Orleans anunciou que será forçada a demitir milhares de funcionários públicos por causa da queda na arrecadação de impostos.