Temporada de furacões entra em nova fase com primeiro sistema observado na região central do Atlântico

Formação marca transição para o período mais ativo da temporada, apesar de previsão indicar baixa probabilidade de evolução

Por Lara Barth

Temporada de furacões entra em nova fase com primeiro sistema observado na região central do Atlântico

O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês) emitiu, na sexta-feira (12), o primeiro alerta de interesse sobre uma área na Região Principal de Desenvolvimento (MDR) do Atlântico, localizada a leste do Caribe. A observação marca um ponto simbólico na temporada de furacões de 2025, com o início da fase em que tempestades mais longas e intensas se formam a partir de sistemas vindos da costa africana — os chamados furacões de Cabo Verde.

Apesar da importância simbólica, o alerta deste ano ocorreu mais tarde que o habitual, sendo comparável apenas às temporadas de 2014 e 2016 em termos de atraso. Normalmente, os primeiros sistemas na MDR aparecem até a primeira semana de agosto. Desde o início da era de satélites (1966), a formação mais precoce foi em 11 de junho de 2003, enquanto a mais tardia ocorreu em 20 de setembro de 1972.

No entanto, as previsões para o distúrbio atual são pouco animadoras. Apesar de ser uma das ondas tropicais mais robustas até o momento, a formação avança pelo lado sul de uma densa camada de poeira do Saara e segue com atividade de tempestades desorganizada. Até quarta-feira, deve encontrar forte cisalhamento do vento na entrada do Caribe oriental, o que deve impedir seu desenvolvimento.

O principal impacto esperado é o aumento nas chuvas nas ilhas do Caribe ao longo da semana. Poucos modelos indicam formação de uma baixa pressão organizada a oeste das Pequenas Antilhas.

Enquanto isso, outra porção da antiga Invest 93L, que girou ao redor de um sistema de alta pressão sobre a Flórida, deve voltar ao Golfo do México nos próximos dias. A expectativa é de que não se desenvolva, mas traga chuvas localmente fortes entre a Flórida e a costa norte-central do Golfo.

Modelos também acompanham uma nova onda tropical prestes a sair da África. Apesar do baixo entusiasmo dos prognósticos iniciais, há possibilidade de que essa nova perturbação entre nos relatórios futuros, caso as condições mudem.

Fonte: Local 10