Ganha quem grita mais? - Editorial

Por Marisa Arruda Barbosa

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Essa semana, li uma frase do sul-africano, Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz que me fez pensar: “Meu pai sempre dizia: ‘não levante a sua voz, melhore seus argumentos’”. Acho que isso serve para todos nós, principalmente, as minorias.

É bastante comum recebermos e-mails de brasileiros que clamam terem sido discriminados em um emprego, pela polícia ou por um médico. Respeito todas essas pessoas e, como imigrante, vejo sim isso acontecer. Mas será que não temos que “pensar fora de uma caixa”, traduzindo ao pé da letra do inglês “think out of the box” e tentarmos entender um pouco mais, saindo dessa limitação. Às vezes, tanto a discriminação ou se achar discriminado vem da falta de educação dos dois lados. Do nosso, talvez por não entendermos o inglês, do deles, por não compreenderem de onde viemos, e assim, respeitar o diferente.

Na base do grito, não se consegue muita razão. O grito intimida, mas não ganha. Ganha-se na base da educação, da paciência e do bom argumento.

Mudando de assunto, mas falando ainda de paciência e educação, essa edição traz opções para os pais desesperados quando seus filhos gritam: “Férias!” As opções vão desde programas de alimentação grátis (pág. 20) a opções mais baratas ou gratuitas de manter a diversão (pág. 38).

Agora, falando de persistência, quem sabe imigrantes que dizem terem pago dinheiro a um membro do Brazilian American Democratic Club - para resolver problemas com a imigração - consigam receber de volta, ou do partido, ou do próprio membro, depois da pressão de membros e da própria mídia ao presidente do partido em Palm Beach? Entenda mais a história na página 23.