Gazeta expõe sua posição nas eleições

Por Marisa Arruda Barbosa

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Mesmo com anos de experiência nos Estados Unidos, todas as eleições deixam a equipe surpresa quando cada jornal americano começa a declarar sua posição nas eleições.

No Brasil, os jornais não assumem sua posição, dando espaço igual a todos os lados. Nos Estados Unidos, com a proximidade das eleições, os jornais declaram seus “endorsements”, em quem votar e por quê. Os textos passam de imparciais e jornalísticos, para propagandas para um ou outro candidato.

O GAZETA é composto por imigrantes, todos com histórias diferentes. Eleições são um dos tópicos mais difíceis de entender sobre este país, e mesmo entender o por que desse posicionamento dos jornais americanos, que é ainda outra incógnita.

Não nascemos aqui, não frequentamos escolas aqui e não tivemos aulas de história neste país. Tudo o que sabemos, fora as formações individuais em universidades daqui ou do Brasil, vem da busca pessoal por informação e formação de cada um. Por isso, o jornal se dedica à informação de todos. Nosso papel aqui é de jornal direcionado para imigrantes, e através do nosso entendimento do funcionamento de leis, imigração, policiamento, educação e etc, cumprimos com nosso dever de informar o brasileiro que vive nos EUA.

Sendo assim, o GAZETA adota o posicionamento neutro dos jornais brasileiros e fez isso nos seus 18 anos de existência. Damos as ferramentas para que cada um busque, por si próprio, seu posicionamento político quando esse momento chegar.

Afinal, a equipe do GAZETA reflete a comunidade brasileira nos Estados Unidos: alguns já votam, outros ainda não, e cada um tem uma posição política completamente diferente. Mesmo assim, temos um bom convívio como equipe, respeitando a opinião de cada um.

Assim como todo o imigrante, aprendemos um pouco mais todos os dias nesse país: uma nova lei, uma nova palavra de inglês – ou espanhol -, etc. E nos concentramos em aprender e ensinar, ou melhor, esclarecer.

Por exemplo, está havendo uma confusão grande sobre a isenção de vistos para turistas brasileiros. Vários jornais, locais e do Brasil, publicaram, erroneamente, que isso poderia sair no dia 22, como se fosse somente uma questão de uma decisão. Como já havíamos esclarecido isso antes, os passos ainda são longos para que a entrada do Brasil no programa Visa Waiver aconteça (veja matéria na página 18), a não ser que a porcentagem de rejeição de vistos para brasileiros fique abaixo de 3%, como a matéria esclarece, o que deverá encurtar esses passos. Mesmo assim, essa decisão não sairá do dia para a noite.

É bom lembrar que a temporada de furacões ainda não acabou. Nos próximos dias, o sul da Flórida estará sob “Tropical Storm Watch”, com uma tempestade trazendo chuvas e ventos. Como já aprendemos com os americanos, por mais sensacionalistas que sejam nessas horas, é melhor sempre se precaver demais do que de menos. Veja na página 17 uma nota sobre isso, mas fique de olho para mais informações sobre possíveis mudanças na direção da tempestade.