Gilberto Gil é barrado pela imigração americana

Por Gazeta Admininstrator

Licenciado de suas funções como Ministro da Cultura e viajando pelos EUA em turnê musical, Gilberto Gil passou por constrangimento ao ser interrogado em sala particular pelas autoridades americanas de imigração, dia 13, chegando ao aeroporto Fort Worth, em Dallas.

De acordo com a assessoria do músico, o problema de Gil com a imigração dos Estados Unidos é antigo, e acompanha a sua carreira desde que ele foi preso com maconha em Florianópolis, há 31 anos, episódio que rodou o mundo no documentário cinematográfico Os Doces Bárbaros.

Segundo Preta Gil, que esteve nesta quarta com o pai em Nova York, onde Gil tocou terça-feira para um Carnegie Hall lotado, ele não se abalou com o episódio. "Meu pai não ficou chateado. Os Estados Unidos são rigorosos e temos de respeitar suas leis. Ele não mistura as coisas e não se utiliza de sua condição de ministro quando não viaja pelo governo", disse Preta.

A embaixada dos Estados Unidos em Brasília informou, por meio de sua assessoria, que vai investigar o ocorrido. E a assessoria do Ministério da Cultura informou que não cabe providências ao ministério, porque Gil está licenciado, sem vencimentos, e não viaja representando o governo brasileiro.

Em 2001, Gil atrasou uma viagem à Jamaica para a gravação de seu disco Kaya N'gan Daya porque teve problema semelhante na escala do vôo em Miami. Na ocasião, o músico disse que sempre tem que dar satisfações às autoridades americanas quando precisa tirar visto para os EUA. O problema teria se originado com a prisão de Gil, em 1976, em Florianópolis, com pequena quantidade de maconha, em turnê do grupo Doces Bárbaros. Na época, como pena, Gil foi internado num instituto psiquiátrico.

Apresentando nos Estados Unidos o show de seu último CD, Gil Luminoso, de voz e violão, o músico viaja de ônibus nesta quinta-feira para Los Angeles, onde toca sábado, e retorna ao Brasil no dia 1º de abril.