Goleiro do São Paulo retorna ao Brasil e pode ser enquadrado na Lei Maria da Penha

Por Gazeta News

Jean Paulo, 24 anos, goleiro do São Paulo, retornou ao Brasil neste sábado, 21, segundo divulgado pelo site Globo Esporte, e pode ser enquadrado na Lei Maria da Penha por agressão à mulher, Milena Bemfica, em Orlando na quarta-feira, 18. A mulher do goleiro, que ainda está na Flórida, afirmou em um texto publicado em rede social neste sábado que estuda representar contra o atleta no Brasil, com base na Lei de proteção à mulher, por tê-la agredido durante uma viagem de férias em Orlando. Jean foi preso pela polícia de Orange County na última quarta-feira após discussão com a esposa no hotel Marriot Fairfield em Orlando. De acordo com o boletim de ocorrência registrado, ele a agrediu com oito socos na frente das duas filhas. Goleiro do São Paulo é preso durante férias em Orlando O caso se tornou público depois que a mulher postou em suas redes sociais imagens de seu rosto inchado e com hematomas. Em depoimento à polícia, Jean alega que a discussão começou por ciúmes. Milena teria se irritado ao ver o atleta conversar com uma outra mulher ao telefone e o agrediu primeiro com mordida e com uma chapinha de cabelo. Solto na quinta-feira, 19, após audiência de custódia, Jean não precisou pagar fiança e terá de ficar afastado da mulher. Por outro lado, poderá ter contato com as duas filhas, mas com supervisão de terceiros. O processo continuará aberto nos Estados Unidos e o jogador será representado por um advogado legal. Ele teve de se comprometer a comparecer ao tribunal em audiências futuras e a não se envolver em outras ações ilegais. "Violência doméstica não é um mero capricho" Milena garantiu que não foi procurada por Jean para prestar assistência e disse estar frágil com os fatos recentes, de modo que deseja que o caso se encerre logo. "Peço que parem de me julgar, violência doméstica não é um mero capricho, uma discussão de família. Se vocês observarem vão perceber o quanto eu estou fragilizada fisicamente, psicologicamente, sozinha, em um país diferente do meu com duas crianças", disse. Na publicação deste sábado no Instagram, Milena fez uma espécie de desabafo sobre os ataques que tem recebido, reclamando dos perfis falsos usados, segundo ela, para ofendê-la e afirmou que não prestou queixa contra Jean porque não queria que ele ficasse preso fora do Brasil. "As demais atitudes, bem como ingressar com as indenizações pertinentes, a representação dele no Brasil pela Lei Maria da Penha, já estão sendo estudadas e examinadas junto com o corpo jurídico dos meus advogados", comunicou Milena. Ela prometeu não se calar diante da agressão que diz ter sofrido. "Assim como milhões de mulheres no mundo passam pela mesma situação e vivem caladas e com medo acreditando na melhora do agressor. Mas diante da gravidade eu não posso me manter calada", escreveu. A diretoria do São Paulo se reuniu e decidiu rescindir o contrato de Jean que iria até o final de 2022. O clube aguarda o fim das férias, em janeiro, para formalizar a saída do goleiro. Leia a nota postada por Milena Bemfica.