Golpes, golpes e golpes

Por Gazeta Admininstrator

Quando a gente pensa que o volume de alertas, avisos, conselhos e recomendações dados por amigos, colegas e até mesmo advogados de imigração, seria suficiente para afastar os imigrantes brasileiros de golpes, a gente descobre que está redondamente enganado.
Quando imaginamos que são ouvidas as constantes e duras denúncias que os jornais de nossa comunidade fazem, tentanto proteger os interesses e a integridade de imigranres indocumentados ante a sanha criminosa dos golpistas, descobrimos que ainda há muito por ser feito.

Um desses cidadãos acostumados àquela nojenta “lei da vantagem” que impera em muitos níveis da sociadede brasileira, me disse um dia que será impossível evitar os golpes e o uso da boa fé e inocência das pessoas. Dizia este senhor, com um riso de hiena no canto da boca:“Todos os dias saem de casa um otário e um esperto. De alguma maneira eles dois vão se encontrar o o otário vai dançar”.

Depois de alguns meses sem termos o desprazer de manchetes dando conta de brasileiros lesados por bandidos inescrupulosos, vilões que se aproveitam da fragilidade, ansiedade ( e até mesmo da disponibilidade em topar qualquer parada) em solucionar seu grave problema imigratório.
O novo golpe é dos mais rasteiros e apela aos que se sentem em desespero completo.

Usando “brechas” na legislação que permitem a rápida legalização de pessoas ligadas a instituições religiosas ou outras, esses abutres iludem, usam e abusam da mistura de desinformação e desespero para sugar o último centavo de indocumentados.
Os escândalos estouram por toda a parte: Orlando, Atlanta, Carolina do Sul e até no Texas, onde uma comunidade brasileira cresce rapidamente em Houston. Há casos de famílias que se endividaram aqui e no Brasil em até 100.000 dólares na esperança de obter a legalização e os tais “escritórios” desaparecem da noite para o dia.

O pior é que como a situação dos imigrantes indocumentados é de indefinição, ninguém entre os lesados se anima a denunciar. O medo de deportação é óbvio. Como denunciar um esquema criminoso do qual você, imigrante ilegal, estaria tentando se beneficiar?

Por qualquer análise primária, o indocumentado seria, evidentemente, um “cúmplice” desse crime, agravando ainda mais o seu perfil junto às autoridades imigratórias.

É só lembrar o indame “Caso Lopera”, que condenou por 13 anos à cadeia o antes célebre advogado Javier Lopera, condenado por inúmeros crimes imigratórios e que arrastou com ele centenas de vítimas que foram legalmente tratadas como “cúmplices’, quando na verdade eram “vítimas inocentes”, pelo menos boa parte delas.

O remédio é um só. Atenção redobrada. Procurar sempre seguir a Lei e se aconselhar com advogados de imigração. Por mais caros que os escritórios de advogados especializados em Imigração, sejam, serão sempre infinitamente mais baratos dos que o custo desses “golpes”, que, além de drenarem as finanças dos indocumentados, não resolvem em nada as suas vidas.

Seria lógico esperar que as autoridades policiais norte-americanas perseguissem fortemente esses bandidos. Esses abutres dos sonhos e da boa fé de gente em desespero.

Mas não vemos isso e ficamos tristes em reconhecermos que a defesa do imigrante ilegal está em sua disciplina: trabalhar, cumprir suas obrigações, entregar seus processos a advogados competentes, sérios, testados pelo tempo e pela comunidade e ter a paciência necessária.

Acreditar que a legalização em massa virá. Seja com Obama (mais rápida) ou com McCain (menos rápida, não por ele, mas pelos radicais anti-imigrante do Partido Republicano). Virá, porque a História é cíclica, se repete e a realidade de 12 milhões de indocumentados é irrefutável.