Governadores brasileiros em busca de investidores americanos

Por Gazeta Admininstrator

Governadores brasileiros em busca de investidores americanos

Silvana Dos Santos

A FISPAL Latina , Primeira Feira da Comida Latino-Americana nos Estados Unidos, que aconteceu nos dias 4,5 e 6 de maio no Centro de Convenções de Miami Beach, reuniu cerca de 320 estandes de 12 países, que divulgaram pratos típicos e delícias da culinária latina. Depois de 20 anos no Brasil, a FISPAL Latina é a maior feira de culinária da América Latina e contou com a presença de chefs renomados da cozinha hispânica que interagiram com também conhecidos inovadores da cozinha norte-americana quem tem introduzido produtos típicos latino-americanos em suas preparações mais sofisticadas. “Nós queremos colocar um produto da comida latina em cada mesa de jantar na América”, disse Oscar Dominguez , presidente da Fispal Latina.

Um dos objetivos da feira foi atrair o grande mercado latino nos Estados Unidos, que conta com 35 milhõs de residentes no país. Na ala de comidas brasileiras, as atrações foram o famoso “pão de queijo” mineiro, guaraná e chocolates. Outras empresas da Flórida aproveitaram a feira para exibir o seu produto e atrair parcerias e consumidores em potencial. Além das delícias em exposição, a FISPAL também contou com a presença de representantes governamentais do Brasil.

No último dia 5, uma reunião de três governadores brasileiros marcou o segundo dia da FISPAL (Feira Internacional de Alimentação) no Miami Beach Convention Center . Os governadores apresentaram os produtos em potencial de cada estado brasileiro, procurando despertar o interesse de empresas americanas para investirem nestes produtos fortalecendo ainda mais a economia brasileira.

O governador José Orcírio Miranda dos Santos de Mato Grosso do Sul apresentou um vídeo sobre o Estado de Mato Grosso do Sul onde destacou pontos estratégicos para os investidores americanos: as hidrelétricas de Ribas do Rio Pardo e Camapuã, produção bovina que é responsável por 50% do fornecimento de carne brasileira, produções de soja, milho,arroz e cana-de-açúcar, além de produtos mine-rais como manganês e ferro, sendo este o terceiro em produção do Brasil.

O governador ainda ressaltou o ecoturismo Sul Matogrossense que, contará com o “Expresso Pantanal” um trem de passageiro que irá atravessar o Pantanal mostrando suas belas paisagens. O expresso Pantanal será lançado em outubro de 2005, e contará com a presença do Presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Juntamente com o governador de Mato Grosso do Sul estavam presentes os governadores da Bahia, Paulo Souto e do Amapá, Antonio Valdez Góes, que falaram ao Jornal Gazeta News das metas que procuram atingir nesta viagem aos Estados Unidos.

Gazeta: Através de que meios o Sr. irá estimular investidores norte americanos para o estado?
Zeca do PT: O primeiro passo é não perder oportunidades como esta feira para divulgar essas potencialidades através de palestras nas quais podemos informar aos investidores em que produtos eles podem investir.

Gazeta: Assim como São Paulo abriu o Bureau de negócios no Miami Free Zone, o Governo de Mato Grosso do Sul tem o mesmo objetivo?
Zeca do PT: Futuramente sim, Mato Grosso do Sul apesar de ser um Estado jovem de apenas 26 anos, possui produtos em potencial para exportação. Segundo o ministério da agricultura e pecuária o Estado de Mato Grosso do Sul é o maior fornecedor de carne exportada do Brasil.

Gazeta: O Sr. já tem alguma empresa alvo que irá investir no Estado de Mato Grosso do Sul?
Zeca do PT: Ainda não, nós estamos nesta viagem divulgando o Estado,por isso daqui de Miami estamos indo para a Carolina do Sul e em seguida para Londres.

Gazeta: O Sr. já tem contatos de empresários americanos que estejam interessados em investir na Bahia?
Paulo Souto: Ainda não. Viemos fazer uma apresentação sobre as possibilidades de Estado, claro que há contatos de empresários para empresários e nós estamos aqui dando ênfase sobretudo, as possibilidades desta feira de exportação de produtos, principalmente na indústria de alimentos para um mercado geral, assim para mercados de afro-descendentes e latinos que têm características muito afins com os nossos produtos.

Gazeta: Esses três dias de feira deram resultados significantes para o Governo da Bahia?
Paulo Souto: Na verdade o oeste da Bahia já possui investidores americanos no plantio de soja entre outros produtos, mas nós estamos continuando a buscar investimentos para outras áreas. A feira é basicamente compradores que estão interessados em importação de produtos da empresas que já estão aqui. Utilizamos as palestras e seminários divulgando nosso Estado.

Gazeta: Essa visita inclui outros estados americanos para a divulgação do estado do Amapá?
Antonio Goés: Eu já estive em Washington-DC, participei mais ou menos de dez reuniões com o Banco Inter-Americano de Desenvolvimento e Banco Mundial, estamos próximos de fechar um projeto com o Banco Mundial para geração de emprego e renda, acredito que em um mês já estaremos assinando este contrato.

Gazeta: Os estados brasileiros estão se unindo para conseguir um maior número de investidores internacionais?
Antonio Góes:Temos uma iniciação de discussão regional, sempre defendemos no Brasil que se faça um planejamento e desenvolvimento considerando as peculiaridades regionais. Brasil é um país continental com muitas diferenças até mesmo dentro de suas próprias regiões então é preciso ver aquilo que mais nos une, em termos de oportunidades de negócios para podermos articular juntos, e o governo do Amapá não faz isso somente com os estados brasileiros, fazemos também com as Guianas Francesa, Inglesa e Suriname.