Governo alemão negocia libertação de réfem no Iraque, diz TV

O Ministério alemão das Relações Exteriores conseguiu, por meio de intermediários que não foram identificados até o momento, entrar em contato com os seqüestradores da arqueóloga alemã Susanne Osthoff e de seu motorista, que foram feitos reféns no Iraque no último dia 25, afirmou nesta quarta-feira Elmar Thevessen, especialista em terrorismo da rede de TV alemã ZDF.

Thevessen afirmou que o governo alemão falou com várias pessoas que poderiam servir como intermediárias, entre as quais haveria não só religiosos xiitas e sunitas mas também pessoas que fizeram parte do regime do ex-ditador iraquiano Saddam Hussein, atualmente preso em Bagdá.

O fato de o governo alemão ter conseguido entrar em contato com os seqüestradores por meio de intermediários traz "esperança" sobre uma rápida libertação de Osthoff e de seu motorista, segundo Thevessen. Para ele, os seqüestradores devem exigir o pagamento de um resgate em troca dos reféns.

Funcionários do ministério alemão não quiseram confirmar nem desmentir a informação, a fim de "proteger os afetados", e as pessoas que estão ajudando o governo como intermediários para conseguir a libertação dos dois reféns.

Oficialmente, o governo alemão continua sem notícias de Osthoff e do motorista, quando percorriam os 350 quilômetros que separam Bagdá de Arbil (norte do Iraque).

Nesta quarta-feira, Anja Osthoff, irmã da seqüestrada, e várias ONGs (organizações não-governamentais) (ONG) farão um pedido aos alemães para que se mobilizem e compareçam esta tarde ao portão de Brandeburgo em Berlim a uma vigília para mostrar sua solidariedade e pedir a libertação dos reféns.

Por enquanto, o seqüestro de Osthoff não mobilizou os alemães em massa, tal e como ocorreu na Itália com as voluntárias italianas Simona Torretta e Simona Pari ou na França em vários casos.

O máximo que os parentes e amigos de Osthoff conseguiram mobilizar até agora foram 200 pessoas.

Os seqüestradores pediram em um vídeo que o governo alemão deixe de colaborar com o do Iraque e de instruir policiais iraquianos nos Emirados Árabes em troca da libertação da alemã e de seu motorista.