Estima-se que haja 80 mil prostitutas trabalhando na Grã-Bretanha
O governo britânico anunciou nesta terça-feira planos para uma nova lei permitindo que duas prostitutas e uma empregada, ou recepcionista, possam trabalhar juntas em casa, em pequenos prostíbulos.
A idéia é coibir cada vez mais a prostituição nas ruas e aumentar a segurança das profissionais do sexo.
O governo também voltou atrás na proposta do ex-ministro do Interior, David Blunkett, que havia sugerido a criação de "zonas da luz vermelha", onde a prostituição seria legalizada.
Para o governo, a criação dessas zonas passaria a mensagem errada.
Ajuda
Entre as novas medidas anunciadas, também estão ajuda às prostitutas na questão de moradia e o maior combate aos homens que tentarem comprar sexo nas ruas.
Os motoristas que têm o hábito de dirigir devagar perto do meio-fio nas zonas de prostituição poderão perder suas licenças para dirigir. Até agora, o máximo que eles recebiam era uma multa.
As prostitutas viciadas em drogas também serão obrigadas a fazer tratamento.
A nova estratégia também prevê medidas para ajudar a evitar que crianças e adolescentes sejam aliciadas para o mercado do sexo, com professores, enfermeiras e assistentes sociais recebendo cursos para identificar casos de risco potencial.
Também haverá maior ação contra os que exploram as mulheres, mas Carrie Mitchell, de uma associação britância de prostitutas, disse à BBC que a coibição torna os clientes mais nervosos e as ruas mais perigosas para as profissionais.
"Obviamente, se houver uma ação mais intensa, os clientes ficam mais nervosos. E as mulheres não têm tempo de checá-los propriamente antes de entrar nos carros", disse ela.
O grupo pede que a prostituição seja discriminalizada, mas, por enquanto, a venda e compra de sexo nas ruas permanece sendo um crime.
Segundo o Ministério do Interior, cerca de 80 mil mulheres trabalham como prostitutas na Grã-Bretanha, sendo que metade delas têm menos de 25 anos de idade.