Governo da Argentina endurece leis de imigração

Por Daniel Galvão

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[caption id="attachment_135876" align="alignleft" width="300"] Presidente da Argentina, Mauricio Macri. Foto: FlickR[/caption]

O presidente da Argentina, país na América Latina que recebe mais estrangeiros hoje, Mauricio Macri, decidiu endurecer as normas migratórias do país. Segundo as Nações Unidas, são cerca de dois milhões de imigrantes, de um total de 40 milhões de habitantes. A informação foi confirmada pelo próprio chefe de Estado, que em sua primeira coletiva deste ano, deixou bem clara a nova posição da Casa Rosada em relação à entrada de cidadãos provenientes de países vizinhos.

De acordo com dados da Direção Nacional de Migrações (DNM), o ranking de imigrantes é liderado pelos paraguaios — que representam 40% do total —, seguidos por bolivianos, peruanos, colombianos, brasileiros, senegaleses, uruguaios, dominicanos, chineses, venezuelanos, chilenos, equatorianos, espanhóis, americanos e italianos.

Até aquí, as normas migratórias argentinas estão entre as mais flexíveis do continente. Para se ter uma ideia, um estrangeiro demora entre dois e três meses para obter a residência (primeiro temporária e depois de dois anos, definitiva), sem grandes exigencias do Governo.

A discussão sobre os imigrantes latino-americanos ganhou o país após o recente assassinato de Brian Aguinaco, que tinha apenas 14 anos, em Buenos Aires. O principal suspeito de ter cometido o crime é um garoto de 15 anos, filho de imigrantes peruanos, com antecedentes penais em seu país.