Governo do Irã continua na defensiva.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, reiterou nesta quinta-feira(27) que o Irã manterá as atividades de enriquecimento de urânio, apesar das exigências da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Confirmou também que seu país não se submeterá "à pressão e à injustiça".

As declarações de Ahmadinejad ocorrem 24 horas antes do prazo-limite imposto pela ONU para que o governo do Irã pare com o enriquecimento de urânio, que gera combustível para usinas nucleares [energia] e também pode ser usado para a criação de bombas atômicas.

"Não nos submeteremos à pressão e à injustiça. Se querem violar os direitos do povo iraniano, exibiremos a vergonha na cara de vocês", desafia Ahmadinejad. "Graças a Deus somos um país [com poder] nuclear. Queremos paz, segurança e não somos ameaça a nenhum povo. Estamos prontos para dialogar a respeito do desarmamento das grande potências para reforçar a paz e a segurança do mundo", acrescentou.

Amanhã(28), finaliza o prazo de 30 dias dado pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU para que o Irã desista a idéia de enriquecimento de urânio.

A expectativa é que Mohamed El Baradei, chefe da AIEA diga ao CS da ONU que o Irã não cumpriu as exigências impostas pelo CS há um mês. "Nós obtivemos a tecnologia para produzir combustível nuclear (...). Ninguém pode tirar isso de nossa nação", confirmou Ahmadinejad.

Terça-feira passada(25), o embaixador americano na AIEA, Gregory Schulte, disse em Berlim achar "difícil que o diretor-geral [da AIEA] possa divulgar um relatório positivo na sexta-feira.