Governo do México afirma que emigração caiu

Por Gazeta Admininstrator

Governo do México afirma que emigração caiu
A Presidência do México afirmou que a emigração ilegal de mexicanos os EUA caiu nos últimos anos e descartou que o fenômeno ocorra fundamente por falta de emprego, como a oposição apontou.

O porta-voz presidencial, Rubén Aguilar, apontou que o problema migratório é sério, mas que as estatísticas dos últimos anos mostram que o fenômeno "diminuiu, mostra de que a política social de Estado está dando resultados através da redução da pobreza extrema".

Em entrevista coletiva, Aguilar sustentou que os dados do Governo indicam que "mais de 80% das pessoas que migram para os EUA têm trabalho no México" por isso não vão embora "por falta de emprego mas por outra série de condições, também de caráter cultural, e porque esperam uma melhor condição de vida".

No domingo pasado o candidato esquerdista Andrés Manuel López Obrador lançou duras críticas contra a maneira como o presidente do México, Vicente Fox, lidou com o problema migratório no país.
Ele atribuiu a partida de milhares de mexicanos para os EUA à falta de emprego e reprovou a resposta dada pelo Governo ao projeto de lei americano que procura a construção de mais muros na fronteira.

Para discutir esta iniciativa de lei, que já foi aprovada na Câmara Baixa do Congresso americano e aguarda agora ser votada no Senado, se reúnem hoje no México os chanceleres da América Central, Colômbia e o vice-chanceler da República Dominicana.

Aguilar apontou que o México não pretende formar um bloco de países contra a lei que poderia ser aprovada nos EUA, mas também não está fechado a essa possibilidade para fazer com que as autoridades americanas tomem consciência "do absurdo dos muros e do absurdo de uma visão puramente policialesca do problema da migração".

Segundo Aguilar, o Governo de Fox não assume o problema da migração "como um fracasso, porque se trata de um fenômeno histórico que vai demorar muitos anos para ser superado".

Ele explicou também que o perfil dos emigrantes mudou e que "hoje em dia a maioria não é de camponeses".
Aguilar lembrou que os recursos que chegaram ao campo nesta Administração foram "os mais altos na história do país", cerca de 120 bilhões de pesos (por volta de US$ 11,428 bilhões) em 2005 e ao redor de 150 bilhões de pesos (US$ 14,285 bilhões) previstos para 2006.

O México recebeu no ano passado mais de US$ 20 bilhões em caráter de remessas enviadas pelos emigrantes que vivem nos EUA, que a cada ano aumentam em 400.000.

Segundo o Pew Hispanic Center, nos EUA vivem aproximadamente 11 milhões de mexicanos, a metade deles ilegais.