Governo nega destituição de Henrique Meirelles

Por Gazeta Admininstrator

O Governo desmentiu nesta quinta-feira a intenção de destituir o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, investigado por suposta evasão fiscal e outras irregularidades.

"São infundadas notícias veiculadas pela imprensa sobre uma eventual troca no comando do Banco Central. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, permanece em suas atuais funções que vem exercendo com competência e espírito público", afirma nota divulgada à imprensa pelo Planalto.

Parte da imprensa avalia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já teria determinado a substituição de Meirelles para enfrentar as denúncias de corrupção no Governo. Alguns jornais citam Murilo Portugal, atual secretário-executivo do Ministério da Fazenda, como eventual substituto de Meirelles.

Tais versões asseguram ainda que Lula pretende anunciar nos próximos dias várias medidas para demonstrar sua intenção de colocar fim às supostas irregularidades em sua gestão. A primeira dessas medidas seria a substituição do presidente do Banco Central, um dos altos funcionários do governo acusados de irregularidades.

O Supremo Tribunal Federal aceitou em maio o pedido da Procuradoria Geral da República para abrir uma investigação contra Meirelles por delitos eleitorais e evasão fiscal.

Segundo a Procuradoria, Meirelles, ex-presidente mundial do Bank Boston, teria enviado grandes somas em dinheiro do Brasil para o exterior sem a devida declaração ao fisco.

Além do presidente do Banco Central, outro alto funcionário do Governo que está na mira da Justiça é o ministro da Previdência Social, Romero Jucá. Ele é acusado de cometer irregularidades em uma empresa da qual era sócio - teria recebido cerca de 700.000 dólares em empréstimos oficiais para projetos nunca desenvolvidos.

A crise política em Brasília foi agravada ainda mais esta semana com as denúncias do deputado Roberto Jefferson (PTB), que afirmou que dirigentes do PT subornavam deputados de outros partidos para garantir fidelidade ao Governo no Congresso.