Governo pede a juiz deportações rápidas de famílias imigrantes reunidas

Por Gazeta News

separação familia fornteira aclu
[caption id="attachment_170188" align="alignleft" width="357"] Criança se junta à mãe após separação na fronteira. Foto: ACLU.[/caption] Chegando o prazo dado para reunir os menores separados na fronteira com suas famílias, o governo americano pediu na última terça-feira, 24, ao juiz Dana Sabraw, de San Diego, para permitir a rápida deportação de pais imigrantes assim que forem reunidos com seus filhos. O governo reuniu 1.012 pais e seus filhos até agora, de 2.551 que foram separados. O governo também disse que Sabraw não possui a autoridade para impedir o governo de cumprir uma ordem de remoção. O pedido vai contra a ideia da American Civil Liberties Union(União Americana pelas Liberdades Civis), que solicitou ao juiz um prazo maior para os familiares antes da deportação. O grupo defende que os pais precisam de tempo para avaliar as opções legais depois que se juntam aos filhos. O governo tem o prazo final até a quinta-feira, 26, imposto pela Justiça para reunir cerca de 2,5 mil crianças imigrantes que autoridades separaram de seus pais na fronteira entre EUA e México, como parte da política de “tolerância zero” do governo Trump em relação à imigração ilegal. Entretanto, o juiz criticou a incapacidade do governo de dizer quantos pais imigrantes já foram deportados ou libertados da custódia pela Imigração e Alfândega no interior dos Estados Unidos. Sabraw ordenou que o governo fornecesse essas listas ao tribunal até o meio-dia desta quarta-feira, 25, e sugeriu que a administração não estava sendo transparente sobre o paradeiro de 463 pais cujos arquivos indicam que eles não estão mais nos Estados Unidos. Itamaraty confirma menores brasileiros entregues aos pais nos EUA Opresidente Donald Trump encerrou a prática de separações familiares no final de junho, após vídeos de crianças sentadas em celas e áudios de crianças chorando provocarem críticas em todo o mundo. Na semana passada, Sabraw deu às famílias um período de uma semana, depois que a ACLU argumentou que os pais que foram forçados a deixar seus filhos não tinham informações sobre seus direitos legais e não estavam em posição de tomar decisões importantes sobre seus casos de imigração. Muitos dos pais dizem que estão fugindo da violência e da pobreza e querem buscar asilo nos Estados Unidos.A maior parte dos pais fugiu da violência na Guatemala, Honduras e El Salvador. Pais com uma ordem final de remoção já recebem 48 horas para decidir se querem ser reunidos e voltar para casa como uma família, ou deixar seus filhos nos EUA, informou o governo em documento judicial nesta terça-feira. Com informações do Washington Post. Leia também Fronteira: Juiz ordena que crianças sejam entregues às famílias em até 30 dias