Governo Trump expande proibição de viagem para seis novos países

Por Gazeta News

[caption id="attachment_194719" align="alignleft" width="363"] Trump expande proibição de entrada a seis países. Foto: The White House.[/caption] O governo de Donald Trump acrescentou na última sexta-feira, 31, outros seis países à lista de nações com restrições de viagem para os Estados Unidos - Nigéria, Eritreia, Mianmar, Quirguistão, Tanzânia e Sudão - em uma decisão que se soma à sua controversa política contra a imigração. Justiça suspende parte da decisão de Trump sobre proibição a imigrantes e refugiados "Esta proclamação restringe somente a obtenção de certas categorias de vistos de imigração", disse um funcionário do governo que pediu anonimato. De acordo com o comunicado oficial da Casa Branca, a restrição entrará em vigor no dia 22 de fevereiro seria uma resposta à "incapacidade" desses países em aderir os critérios para o manejo dos processos de identificação, o intercâmbio de informação e padrões de segurança estabelecidos pelos Estados Unidos em 2017. De acordo com o comunicado do governo, as restrições se aplicam a vistos de imigrantes, mas não a estudantes, outros visitantes temporários ou processamento de refugiados. A política atual já restringe a entrada de cidadãos de sete países em diferentes graus: Irã, Líbia, Somália, Síria e Iêmen, juntamente com Venezuela e Coreia do Norte. Trump reitera a proibição da entrada de todos os muçulmanos nos EUA Restrições a esses países permanecerão em vigor, disse um funcionário do governo. O Chade foi retirado da lista em abril passado, depois que a Casa Branca disse que o país melhorou as medidas de segurança. Segurança nacional De acordo com o governo, a proibição de viagens é vital para a segurança nacional e garante que os países atendam às necessidades de segurança dos EUA, exigindo um certo nível de gerenciamento de identidade e requisitos de compartilhamento de informações. Os critérios considerados incluíram até que ponto os países compartilham informações sobre passaportes e possíveis pessoas com más intenções, bem como se o país apresenta ou não um risco de segurança nacional elevado em relação ao crime, terrorismo e imigração ilegal. Como funciona Para a Birmânia, Eritreia, Quirguistão e Nigéria, as restrições se aplicarão aos vistos de imigrantes - para aqueles que procuram viver ou trabalhar nos EUA permanentemente. No Sudão e na Tanzânia, as restrições estão sendo impostas aos vistos de diversidade - que vêm do controverso programa de loteria que concede vistos a possíveis imigrantes aleatoriamente a cada ano. Os sete países iniciais têm restrições aos vistos de imigrante e não-imigrante, mas o secretário do Departamento de Segurança Interna (DHS), Chad Wolf, disse que os seis países anunciados na sexta-feira são muito diferentes dos sete atuais, e é por isso que as restrições são mais leves. “Esses países, na maioria das vezes, querem ser úteis, querem fazer a coisa certa, têm relações com os EUA e, em alguns casos, estão melhorando as relações, mas, por uma variedade de razões diferentes, não cumpriram os requisitos mínimos que estabelecemos”, disse. Com base em dados de 2018, cerca de 12.398 pessoas podem ser impactadas pela nova proibição, de acordo com o funcionário. "Os viajantes que estão a caminho dos Estados Unidos não terão a entrada negada como resultado desta proclamação", disse o funcionário. Nacionais dos seis países que já estão nos EUA ou com visto válido para os EUA "não serão afetados", acrescentou o funcionário. Assim como a restrição inicial, essa nova proibição também já gerou controvérsia sobre a segmentação de países africanos junto a legisladores e defensores que consideram as mudanças discriminatórias e sem mérito. Porém, após vários processos judiciais, o Supremo Tribunal manteve a constitucionalidade da medida em 2018. Com informações da AFP. Leia também Proibição de eletrônicos em voos foi motivada por ameaças do Estado Islâmico