Governo Trump sinaliza para fim de cotas raciais em universidades

Por Gazeta News

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[caption id="attachment_169332" align="alignleft" width="367"] Imagem ilustrativa: Creative common.[/caption] O governo do presidente Donald Trump anunciou na terça-feira, 3, que pretende reverter a política do governo Obama sobre cotas raciais em processos de admissão nas universidades. Em uma carta conjunta, os Departamentos de Educação e Justiça anunciaram que haviam rescindido sete diretrizes políticas sobre a “ação afirmativa”, que, segundo os departamentos, “defendem as preferências e posições políticas além das exigências da Constituição”. O governo pretende iniciar orientação nas escolas e faculdades para adotarem padrões de admissão neutros em termos de cor da pele, diz o comunicado. O papel da cor da pele nas admissões universitárias tem alimentado um debate acalorado por décadas, levando a inúmeras ações judiciais e, muitas vezes, confrontando as universidades com decisões sensíveis. Com um tom mais brando, a secretária de Educação Betsy DeVos escreveu em uma declaração separada: “A Suprema Corte determinou quais políticas de ação afirmativa são constitucionais, e as decisões escritas do tribunal são o melhor guia para lidar com essa questão complexa. As escolas devem continuar a oferecer oportunidades iguais para todos os estudantes, respeitando a lei”, disse republicando um documento do governo George W.Bush, que encoraja fortemente o uso de métodos "neutros em relação à raça" para admitir estudantes nas escolas elementares e secundárias. Autoridades do governo Trump e críticos de ação afirmativa disseram que as diretrizes de Obama, publicadas entre 2011 e 2016, foram além do precedente da Suprema Corte dos EUA e encorajaram ativamente o viés racial, além de levaram as escolas a acreditar que a ação afirmativa legal é mais simples de alcançar do que a lei permite. As novas diretrizes não têm força de lei, mas representam o ponto de vista legal do governo Trump. As escolas que mantêm as admissões conscientes da raça podem arriscar investigações federais ou a perda de financiamento federal. A medida vem à tona no momento em que o DoJ investiga se a Universidade de Harvard está discriminando ilegalmente estudantes asiáticos, mantendo-os em um padrão mais elevado do que outros candidatos. O governo Trump reviveu a investigação no ano passado, depois que os funcionários de direitos civis de Obama rejeitaram uma queixa semelhante. Fonte: Dow Jones Newswires.