A morte do médico Samuel Brisbane, da Libéria, infectado por ebola enquanto tratava de pacientes com o vírus, e também o caso de infecção do médico Kent Brantly e de Nancy Writebol, ambos americanos voluntários na Libéria, que encontram-se em estado estável, tem preocupado autoridades. Os médicos trabalhavam no John F. Kennedy Memorial Medical Center para o tratamento da doença quando começaram a apresentar os sintomas: febre, dor de garganta, vômitos, diarreia e hemorragia.
Trata-se do maior surto já registrado de ebola, que também infectou um médico em Serra Leoa, mas, segundo agências internacionais, ele já se encontra estável e respondendo aos cuidados que vem recebendo.
Até o momento, o vírus já infectou mais de 1,2 mil pessoas e matou mais de 670 na África Central desde o início de 2014. A mortalidade da doença no continente já chegou aos 90% e isso tem preocupado os profissionais de saúde, enviados para esse território exatamente com a intenção de diminuir as vítimas do vírus.
A transmissão pode ser feita através do contato com sangue, secreções ou fluídos corporais dos infectados e muitos chegam à morte rapidamente, já que ainda não há cura para a doença. Outro caso específico que está deixando o continente em pânico aconteceu com Patrick Sawyer, um cidadão americano e oficial de finanças da Libéria, que passou mal por causa da doença enquanto voava para a Nigéria - depois morreu em um hospital de Lagos, a maior cidade do país, com 21 milhões de habitantes. Os governos temem que um surto em uma região tão populosa quanto essa possa causar uma epidemia global.