Grã-Bretanha investiga denúncia de troca

Grã-Bretanha investiga denúncia de troca
de vistos por sexo no serviço de imigração

A Grã-Bretanha começou a investigar, na terça-feira(3), a denúncia feita pelo tablóide “The Sun” de que funcionários do mais movimentado centro de imigração do país concedem vistos de permanência para estrangeiras atraentes em troca de sexo - especialmente as brasileiras.

m ex-empregado do órgão contou ao jornal que seus colegas no centro de imigração de Croydon, no sul de Londres, usavam sua influência para seduzir moças bonitas e desesperadas para não serem expulsas, enquanto as imigrantes “feias” tinham seus pedidos rejeitados.
- Há denúncias sérias e vou garantir que elas sejam totalmente investigadas - afirmou Tony McNulty, alto funcionário do Ministério do Interior. - Lógico que não vou tolerar esse tipo de comportamento.
As acusações foram feitas por Anthony Pamnani, um ex-funcionário do centro Lunar House, que recebe cerca de 300 mil pedidos de visto e de asilo todos os anos. Pamnani, de 23 anos, disse que pediu demissão por não concordar com aquilo e porque suas denúncias não foram ouvidas pelos superiores.
“Uma garota veio e nos contou que um funcionário havia visitado o flat dela e que eles tinham dormindo juntos. Ela conseguiu um visto definitivo de permanência”, afirmou Pamnani ao jornal.
Segundo ele, as mulheres do Brasil recebiam o tratamento mais favorável dos funcionários, que davam a elas vistos de permanência duas vezes mais longos que para os homens do Brasil.
“As garotas brasileiras eram as mais bem tratadas de todas. Se um migrante brasileiro, homem ou mulher, viesse pedir a prorrogação do visto, o cara receberia um ano e a menina dois, mesmo que ambos estivessem no mesmo nível na papelada. A garota tinha apenas que sorrir, inclinar-se sobre o balcão e ela obteria um visto mais longo”, descreveu o ex-funcionário.
Segundo Pamnani, o tratamento reservado às feias era oposto.
“Essa aí é horrível. Vamos mandá-la de volta já”, teria ouvido o rapaz de seus antigos colegas de trabalho.
O Ministério do Interior, porém, saiu em defesa dos serviços de imigração.
- Tenho certeza de que os funcionários da Agência de Imigração e Nacionalidade realizam suas tarefas com profissionalismo e integridade - afirmou McNulty. - Há, obviamente, sistemas estabelecidos para que os funcionários apresentem as queixas que possam ter, devido a práticas de seus colegas de trabalho e para que levem a questão adiante se sentirem que isso é necessário.