Grupo dá atendimento médico a imigrantes no Arizona.

Por Gazeta Admininstrator

Tucson, Arizona - Grupo de ativistas vem recebendo imigrantes que cruzam ilegalmente na fronteira com os EUA, e prestando primeiros-socorros após as perigosas travessias.

“Sabemos que os imigrantes chegam em más condições”, disse Maryada Vallet, uma ativista do grupo No More Deaths, que estabeleceu um posto de auxilio para receber os ilegais capturados e deportados pela Patrulha da Fronteira.

Vallet, de 23 anos e oriunda de Phoenix, começou a trabalhar no ano passado em Arivaca com o grupo, cuja sede está em Tucson.

“Se podemos curar-lhes as feridas, dar-lhes roupas limpas e um lugar para descansar, talvez não realizam a travessia de volta pelo deserto em condições tão precárias que possam levá-los a morte”, disse Vallet enquanto cuidava de um machucado na perna de Yesenja Moscos, uma imigrante de 26 anos oriunda de Chiapas.

No More Deaths foi fundado e m2004 devido ao alto número de imigrantes ilegais que morrem tentando cruzar o deserto do Arizona.

Pelo menos 130 pessoas morreram nessa travessia desde primeiro de outubro deste ano.

Os voluntários do No More Death patrulham o deserto com vasilhas de água e alimentos para ajudar aos imigrantes que passam fome, sede e enfermidades na viagem.

O grupo conta com mais de 350 voluntários em todo os EUA, incluindo de Massachusetts, Colorado e Kansas.

Muitos norte-americanos da zona da fronteira vêm trocando sua atitude em relação aos imigrantes após aprender sobre os eles com o grupo, disse José Antonio Rivera Cortez, um ex-cônsul do México em Tucson, Douglas e Nogales e atualmente diretor da Comissão para Ajuda a Imigrantes de Sonora.

Alguns habitantes de Nogales têm grande receio e os consideram um problema para a cidade, avalia Rivera.

“Quando vem um estrangeiro, já crêem que se trata de um criminoso”, disse Rivera Cortez “mas aos poucos eles estão abrindo os olhos”, concluiu.