Grupo de pediatras recomenda que as crianças voltem para a sala de aula

Por Joao Freitas

A American Academy of Pedriatrics recomenda que alunos estejam fisicamente presente nas salas de aula. Os benefícios acadêmicos, mentais e físicos da escola presencial superam os riscos do vírus, afirma o grupo de pediatria.  Os Estados ainda estudam como voltar em segurança para o próximo ano letivo e a recomendação médica é para que alunos não continuem com aulas online. Caso contrário, os pediatras afirmam que a saúde mental e o lado social das crianças podem ser significativamente afetados. Benefícios das aulas presencias O Grupo representa e estabelece diretrizes para os pediatras do país todo. A atualização nas recomendações diz que as evidências dos benefícios em relação a saúde acadêmica, mental e física de aulas presencias têm um peso maior que os riscos do coronavírus. “A AAP recomenda fortemente que todas as decisões para o próximo ano letivo considerem que os alunos estejam fisicamente presente nas escolas”, diz a nota da Organização em seu site. A importância do aprendizado presencial está bem documentada e já temos evidências de impactos negativos nas crianças por causa do fechamento das escolas em 2020. Na nota, a associação deixa claro que um tempo mais longo sem escola associado a interrupção dos serviços de suporte ao aluno normalmente resulta em isolamento social, gerando dificuldade para a escola identificar e resolver déficits de aprendizado, além de outros problemas como abuso sexual, uso de drogas, depressão e tendências suicidas. As escolas provavelmente não vão acelerar o contágio do coronavírus de forma significativa e crianças são menos propensas a adoecerem em comparação com os adultos. Outro ponto que ficou claro na nota divulgada pelos pediatras é que não existe forma totalmente segura de eliminar os riscos, mas há recomendações específicas para a redução dos riscos de cada idade. Redução dos riscos por idade  Na pré-escola, por exemplo, as escolas devem focar em higienizar as mãos, não colocar alunos de idades diferentes na mesma sala e usar espaços abertos sempre que possível. Máscaras e distância física são apenas a segunda prioridade porque essas regras são mais difíceis de implementar em crianças mais novas. Em middle e high schools, máscaras devem ser usadas quando a distância de dois metros não puder ser respeitada. Além disso, cadeiras devem ser colocadas entre 1.5 e 2 metros de distância. As recomendações chegam à medida que os estados mostram seus planos para a volta as aulas de 56 milhões de crianças. O Dr. Anthony Fauci, Diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças infecciosas, também sugeriu que fechar as escolas não é necessário. “Em algumas situações não há problema para as crianças voltarem a escola. Algumas modificações podem ser necessárias, mas, no geral, podem voltar as aulas”, disse Fauci em uma entrevista à CNN. O novo coronavírus não dá sinais de desaceleração nos Estados Unidos. 31 estados tiveram aumento no número de novos casos, outros 15 estão estáveis em relação a semana anterior, e em apenas 4 estados – Connecticut, Delaware, New Hampshire e Rhode Island – houve queda no número. Com informações da CNN e WSVN.