Grupos oferecem apoio a imigrantes em tribunais dos EUA

Por Gazeta News

Photo by Mizue Aizeki
[caption id="attachment_143091" align="alignleft" width="300"] Grupos de apoio intensificam presença em tribunais em NY. Foto by Mizue Aizeki.[/caption]

Centenas de voluntários das mais diversas áreas têm acompanhado imigrantes que vivem ilegalmente nos Estados Unidos em audiências e encontros com autoridades de imigração pelo país.

Para muitos imigrantes indocumentados, o acompanhamento tem sido mais importante desde que o presidente republicano Donald Trump expandiu a possibilidade de deportação.

O grupo Clergy & Laity Clergy & Laity United for Economic Justice, de Los Angeles, escolta principalmente mulheres e crianças para audiências de tribunais de imigração e incentiva a atitude porque, segundo eles, a dor e o medo têm aumentado entre os imigrantes.

Além da presença nos tribunais, voluntários também acompanham imigrantes que têm casos pendentes ou tiveram ordem de deportação expedida e são obrigados a comparecer periodicamente em agências federais de imigração.

Os voluntários de acompanhamento não são advogados e não oferecem aconselhamento jurídico, mas acreditam ser uma parte importante da rede de apoio dos imigrantes, uma vez que a presença deles num tribunal ou na sala de espera mostra que o imigrante tem ligações com a comunidade.

Além do apoio moral, eles acreditam que podem fazer a diferença para resolver questões como petições de asilo pendentes ou emissão de documentos de viagem e até mesmo pesar favoravelmente na decisão de um juiz ou de um agente do ICE.

O grupo New Sanctuary Coalition envia pelo menos 150 voluntários a cada semana e assegura que a presença dos voluntários podem "definitivamente mudar a decisão de um agente do ICE ou juiz", aponta o organizador Kyle Barron.

O porta-voz da Federação para a Reforma de Imigração Americana (Federation for American Immigration Reform), Ira Melham, pede controles de imigração mais duros e discorda de que isso possa influenciar a decisão de um juiz. "Um juiz toma uma decisão baseada no estado de direito, não com base em quantas pessoas aparecem", ressaltou.

Já o ex-juiz de imigração Bruce Einhorn, que atuou no cargo de 1990 a 2007, acredita que o acompanhamento é "uma vitória para todos" porque proporciona conforto aos imigrantes e os torna mais relaxados nas conversas com os juízes federais.

Em Albuquerque, no Novo México, vários grupos começaram a acompanhar os imigrantes aos tribunais para garantir que seus direitos não sejam violados.

Em Nova York, a organização sem fins lucrativos New Sanctuary Coalition ajudou o imigrante colombiano Juan Vivares no mês passado quando foi preso durante o check-in. O grupo ajudou a organizar uma coletiva de imprensa para divulgar a prisão.Vivares, que é de Medellín e foi preso porque o seu pedido de asilo tinha sido negado, foi libertado duas semanas depois, depois que o seu advogado pediu uma suspensão da ordem de deportação.

Com informações do Fox News.