No final do aeroporto internacional da Cidade de Guatemala há um local especialmente criado para receber milhares de migrantes enviados de volta para o seu país pelo governo americano. Oficiais do governo da Guatemala representam dúzias de agências que esperam pacientemente por voos cheios de homens. Dois bancos trocam dinheiro, um médico espera migrantes com problemas de saúde, sanduíches são distribuídos e um cartaz diz, em espanhol e quiche: “Agora você está em seu país e com o seu povo”. As informações são do "The Washington Post".
Esse projeto está no centro do plano do governo da Guatemala para acabar com a crise migratória da região e convencer a administração Obama de que é um bom parceiro, merecendo assim receber mais assistência econômica.
“Estamos melhorando a forma como eles são recebidos”, disse o presidente da Guatemala, Otto Perez Molina, em uma entrevista recente. Ele disse que seu governo está se preparando para receber de volta muitas das crianças desacompanhadas pegas atravessando a fronteira entre os Estados Unidos e o México e que serão enviadas de volta dentro de algumas semanas.
Oficiais acompanhando o processo estão impressionados até o momento e acreditam que a Guatemala deu mais passos que El Salvador e Honduras para absorver o fluxo de migrantes que devem continuar chegando num futuro próximo.
Nos meses recentes, autoridades da Guatemala reformaram abrigos para abrigar temporariamente as pessoas que não podem encontrar familiares imediatamente. Muitos deles recebem uma passagem de graça para chegar em casa. O governo iniciou uma campanha pedindo que os guatemaltecos fiquem no país.
Voos deportando pessoas para a Guatemala, Honduras e El Salvador partem diariamente de aeroportos próximos a centros de detenção federais em Mesa, no Arizona, em Brownsville, no Texas, ou na Luisiana. Cada um desses voos custam $10 mil dólares aos contribuintes.