*Daniel Marques, historiador
A frota de veículos no Brasil mais que dobrou nos últimos 10 anos e a facilidade para adquirir um carro é cada vez maior, assim, tornaram-se rotineira as notícias de acidentes fatais e um prejuízo material e humano cada vez maior para o Brasil. Entretanto, o governo brasileiro adota medidas ridículas e absurdas como a obrigatoriedade de exames toxicológicos, adoção de simuladores de direção e uma burocracia maior e mais dispendiosa para quem deseja adquirir a habilitação, buscando, dessa maneira, eximir-se de oferecer estradas bem sinalizadas, fiscalizadas e com mínimas condições de segurança.
Governo, montadoras, sociedade civil e demais interessados podem se empenhar na formação de uma cultura automobilística no Brasil, seguindo o exemplo dos EUA e outros países que promovem a educação no trânsito como componente curricular obrigatório com as crianças desde a pré-escola até a faculdade. Dessa forma, os jovens podem adquirir a carteira de habilitação sem muitas burocracias e já plenamente conscientes dos riscos e das atitudes no trânsito. Cabe aos novos e velhos motoristas terem paciência e educação no trânsito, pois quanto mais caro o carro, maior tem sido a arrogância e a prepotência de seus condutores.