Hollywood vai sobrevive aos cinemas vazios?

Por Gazeta Admininstrator

Hollywood vai sobrevive aos cinemas vazios?

Por Phydias Barbosa

Se prestarmos atenção a todas as evidências, a Warner Brothers Entertainment deveria estar comemorando um dos melhores anos da sua história. Pelo vigésimo-primeiro ano consecutivo, a empresa deverá apresentar lucros, impulsionados por uma série de sucessos na televisão como as séries “ER”, “The OC” e “Friends”, que está vendendo muito em DVD.
A Warner também revitalizou sua franquia cinematográfica dos quadri-nhos da DC Comics, com o sucesso de verão “Batman Begins”. E já está lançando “Harry Potter e o Cálice de Fogo”, a quarta etapa de uma avalanche que já rendeu US$ 3,7 bilhões (mais de R$ 8,5 bi). Mas, ao invés do espoucar das rolhas de champagne, o som mais provável de se escutar na sede da Warner é o de facas sendo afiadas, prontas para cortar sem piedade. Os executivos se debruçam sobre espessos relatórios com a previsão de orçamento para 2006, esperando cortar centenas de milhões de dólares nas despesas do estúdio.
A Warner Brothers, unidade produtora de filmes e de televisão pertencente à Time Warner, já antecipa uma redução do crescimento em sua lucrativa divisão de home video. Some-se a isso os custos cada vez maiores e as novas formas de distribuição digital para aumentar as dúvidas quanto às perspectivas de crescimento do estúdio. No dia 1º de novembro, a Warner dispensou 260 empregados, ou cerca de 6 por cento de sua equipe de 4.500 funcionários, em Burbank, na Califórnia, com previsão de novos cortes em seus escritórios fora dos Estados Unidos.
E o estúdio está começando a rea-valiar tudo, desde o timing e a estratégia geográfica do lançamento de seus filmes até como e quanto paga para suas estrelas. Na verdade, os executivos da Warner se encontraram recentemente com agentes da CAA (Creative Artists Agency) e advertiram que os atores, diretores e produtores de primeira linha em Hollywood terão que ser flexíveis quanto aos adiantamentos que solicitam, ou então cada vez será mais difícil produzir filmes.
O que torna essa mudança de atitude tão notável é o fato de que ela acontece num estúdio que há muitos anos é considerado um dos mais estáveis e ren-táveis no ramo de televisão e cinema. E os desafios para o estúdio, especialmente os enfrentados pela unidade de produção de filmes, a Warner Brothers Pictures, refletem uma árdua nova realidade em Hollywood.
Os fãs de cinema começam a abandonar as salas de exibição, a pirataria digital é uma ameaça crescente e a indústria apenas começa a lidar com a necessidade de produzir novos conteúdos para telefones celulares, video games e outros equipamentos portáteis, como o novo Video iPod.
George Clooney, o ator que há tempos tem um acordo com a Warner Bro-
thers Pictures em dupla com o diretor Steven Soderbergh, resume o drama dessa forma: “Se a Warner vive a sua melhor temporada e terá que fazer cortes, como ficará então o resto de Hollywood?”
Claro que não melhora nem um pouco a situação da Warner Brothers a entrada em cena de Carl C. Icahn, o bilionário investidor, que aumentou sua participação acionária na Time Warner e que agora pressiona a direção da empresa a valorizar as ações por meio do corte de custos.
Mas a resposta mais provável à pergunta de Clooney é a seguinte: vêm aí mais problemas para uma indústria que já sofreu um bocado. A NBC Universal, que integra a General Electric, declarou recentemente que irá cortar US$ 400 milhões (cerca de R$ quanto paga para suas estrelas. Na verdade, os executivos da Warner se encontraram recentemente com agentes da CAA (Creative Artists Agency) e advertiram que os atores, diretores e produtores de primeira linha em Hollywood terão que ser flexíveis quanto aos adiantamentos que solicitam, ou então cada vez será mais difícil produzir filmes.
O que torna essa mudança de atitude tão notável é o fato de que ela acontece num estúdio que há muitos anos é considerado um dos mais estáveis e ren-táveis no ramo de televisão e cinema. E os desafios para o estúdio, especialmente os enfrentados pela unidade de produção de filmes, a Warner Brothers Pictures, refletem uma árdua nova realidade em Hollywood.
Os fãs de cinema começam a abandonar as salas de exibição, a pirataria digital é uma ameaça crescente e a indústria apenas começa a lidar com a necessidade de produzir novos conteúdos para telefones celulares, video games e outros equipamentos portáteis, como o novo Video iPod.
George Clooney, o ator que há tempos tem um acordo com a Warner Bro-
thers Pictures em dupla com o diretor Steven Soderbergh, resume o drama dessa forma: “Se a Warner vive a sua melhor temporada e terá que fazer cortes, como ficará então o resto de Hollywood?”
Claro que não melhora nem um pouco a situação da Warner Brothers a entrada em cena de Carl C. Icahn, o bilionário investidor, que aumentou sua participação acionária na Time Warner e que agora pressiona a direção da empresa a valorizar as ações por meio do corte de custos.
Mas a resposta mais provável à pergunta de Clooney é a seguinte: vêm aí mais problemas para uma indústria que já sofreu um bocado. A NBC Universal, que integra a General Electric, declarou recentemente que irá cortar US$ 400 milhões (cerca de R$ 920 mi) em suas divisões de cinema (que vai mal) e televisão. Duas outras empresas de comunicação -Sony e Walt Disney- recentemente relataram perdas em suas divisões de cinema.
Uma outra empresa do ramo , a Paramount Pictures, controlada pela Viacom, ainda tenta reencontrar seu rumo após o terremoto administrativo que sofreu há quase um ano. E no começo de 2005, a DreamWorks Animation e a Pixar Animation Studios relataram um índice de devoluções de filmes em DVD por parte dos varejistas maior que o previsto.
Tanto Barry Meyer, CEO e número um da Warner Brothers Entertainment, e Alan Horn, presidente da mesma empresa, dizem que os cortes na divisão não foram determinados pela matriz da Time Warner em New York. “Já havíamos feito cortes mais silenciosos no passado”, afirma Horn. “Mas dessa vez eu e Barry dissemos: - Agora temos que ser um pouco mais duros quanto aos cortes”’.
Além disso, Horn acredita que há um lado positivo no recente enxugamento corporativo na divisão. “Eu não perco sono com isso, e não estou ansioso”, afirma. “Mas no momento a perspectiva de crescimento não é muito animadora. Se crescermos 10% será ótimo, mas não chegamos a estabelecer um índice como meta. De qualquer forma é um exercício saudável verificar o que pode ser cortado.”