Homem que atirou no Papa é preso novamente

Por Gazeta Admininstrator

Mehmet Ali Agca, o homem que atirou no papa João Paulo 2º em 1981, voltou à prisão nesta sexta-feira, depois de apenas oito dias de liberdade.
O Tribunal Superior revogou a decisão que tinha permitido que Agca fosse libertado no dia 12 de janeiro depois de passar 25 anos preso.

A decisão do Tribunal Superior foi tomada em resposta a um recurso do governo da Tuquia, contra sua libertação.

A Justiça determinou a volta de Agca à prisão por ter matado um jornalista turco em 1979 e por assaltos a banco também antes do atentado contra o papa.

Mehmet Ali Agca ficou preso durante quase 20 anos na Itália pela tentativa de assassinato do Papa João Paulo 2º.

De volta à Turquia, ele foi preso por causa dos crimes cometidos no país.

Agca, de 48 anos, nunca explicou a razão de ter tentado matar João Paulo 2º. O pontífice chegou a visitá-lo na cadeia e o perdoou publicamente.

Opinião pública

O Tribunal Superior de recursos da Turquia revogou a decisão da instância mais baixa, de libertar Agca, depois do pedido do ministro da Justiça turco, Cemil Cicek, para que o caso de Agca fosse analisado novamente.

Cicek afirmou que Agca deve servir o total da condenação de dez anos pelo assassinato, em 1979, do jornalista de esquerda turco Abdi Ipekci. Agca também assaltou dois bancos.

A intervenção do Ministério da Justiça ocorre depois de a opinião pública ter protestado contra a libertação de Agca.

Agca era um jovem de 23 anos com registros de crimes anteriores e de envolvimento com a extrema direita turca na época em que atirou contra o Papa João Paulo 2º, na praça de São Pedro em Roma, em 1981.

O Papa acenava para a multidão em um carro aberto durante um passeio pela praça, quando foi atingido pelos tiros.

O pontífice, gravemente ferido no abdômen e na mão, foi submetido a uma cirurgia.

Dois anos depois do ataque, João Paulo 2º se reuniu com Agca na prisão italiana, quando o perdoou publicamente.

Surgiram alegações de que o serviço secreto soviético, KGB, e o serviço secreto da Bulgária, seriam os responsáveis pela tentativa de assassinato do Papa, mas promotores em um julgamento em 1986 não conseguiram provas que envolvessem o serviço secreto búlgaro.

O pontífice morreu em abril de 2005, aos 84 anos.