ICE desmonta esquema de visto em faculdade falsa

Por Gazeta News

The website for University of Northern New Jersey, a phony university set up by U.S. authorities to lure criminals who defraud the country's Student and Exchange Visitor Program, is seen on a screen in New York April 5, 2016. REUTERS/Brendan McDermid

O Immigration and Customs Enforcement prendeu 21 pessoas, no dia 5, em todos os Estados Unidos, acusadas de participarem de um esquema de vistos de estudante utilizando uma faculdade falsa em New Jersey. O esquema é conhecido como “Pay-to-Stay”.

“Enquanto os Estados Unidos apoiam a educação internacional, iremos vigorosamente investigar aqueles que tentem explorar o sistema de imigração do país”, disse a diretora do ICE, Sarah R. Saldaña. “Como resultado desta operação, agentes especiais do Homeland Security Investigations conseguiram com sucesso identificar e fechar várias operações que abusaram do programa de visto de estudantes”.

De acordo com documentos da corte, muitos dos que operaram recrutando companhias que supostamente patrocinavam os alunos internacionais, foram presos por envolvimento no esquema de matricular alunos na University of Northern New Jersey, localizada em Cranford, New Jersey (UNNJ). A faculdade, no entanto, foi criada por agentes especiais da imigração em setembro de 2013.

Através da universidade, agentes à paisana investigaram atividades criminosas associadas com o Student and Exchange Visitor Program (SEVP), incluindo fraudes de vistos. A escola, no entanto, servia somente como uma fachada para agentes do HSI e não contava com professores nem nenhum programa educacional.

A Univerisdade era apresentada como uma escola que se dizia autorizada a emitir o documento conhecido como “Certificate of Eligibility for Nonimmigrant (F-1) Student Status for Academic and Language Students”, conhecido como Formulário I-20. Este documento, que certifica que um estrangeiro tenha sido aceito por uma escola e seria um aluno em tempo integral e tipicamente dá a permissão para que alunos internacionais consigam o visto de estudante F-1, que é para alunos matriculados e que frequentem escolas em tempo integral.

Durante as investigações, o HSI identificou centenas de estrangeiros, principalmente da Índia e China, que já haviam entrado nos EUA com o visto F-1 para frequentarem escolas autorizadas. Através de várias agências e companhias de recrutamento localizados em New Jersey, na Califórnia, Illinois, Nova York e Virgínia, os acusados então recrutaram aproximadamente 1.000 estrangeiros – dos quais todos queriam participar do esquema – para manter fraudulentamente seus vistos de estudante sem frequentar os cursos exigidos como condição da imigração.

Agindo como recrutadores, os acusados solicitaram o envolvimento com os “administradores” da UNNJ para participarem do esquema. Durante esse tempo, os acusados demonstraram claramente que sabiam que os alunos não estavam frequentando a escola. Mesmo assim, eles facilitaram o processo de matrícula desses alunos para manterem o status de estudante em troca de comissões. Os acusados também facilitaram a criação de documentos falsos da escola, incluindo históricos, frequência em aulas e diplomas comprados pelos “alunos”.

O HSI e o ICE informaram também que, além das prisões, os 1.076 alunos estrangeiros terão seus vistos cancelados e, caso seja aplicável, alunos serão presos e colocados em processo de deportação. Cada um dos acusados pode receber a pena de até cinco anos de prisão e uma multa de $250 mil dólares.