Igrejas brasileiras são destruídas no Níger durante protestos

Por Gazeta News

[caption id="attachment_79131" align="alignleft" width="300"] Brasileiro Alexandre Canhoni vive, desde 2001, no Níger, onde faz trabalho voluntário.[/caption]

Protestos realizados no Níger, no último fim de semana, contra a publicação de charges do profeta Maomé no jornal francês “Charlie Hebdo”, antigiram a comunidade brasileira que vive no país. Segundo o Itamaraty, há 33 brasileiros no país africano, todos missionários e parentes.

Os ataques tiveram como alvo instituições cristãs. No total, os manifestantes saquearam e incendiaram 45 igrejas, entre elas, duas brasileiras, além de cinco hotéis, 36 bares, um orfanato e uma escola cristã. Cinco pessoas morreram, 128 ficaram feridas e 189 foram detidas nas manifestações.

O Níger tem recebido dezenas de milhares de nigerianos que fogem da ação brutal do grupo terrorista Boko Haram. O grupo, que usa interpretação do Islã como justificativa para ações de terror contra a população, em sua maioria muçulmanos, é apontado por algumas fontes como um dos possíveis incentivadores dos protestos violentos do fim de semana.

O brasileiro Alexandre Canhoni, que vive desde 2001 no Níger e já foi paquito da Xuxa, teve sua casa destruída. Canhoni desenvolve trabalhos humanitários com crianças na organização evangélica Guerreiros de Deus, com a mulher e outros quatro brasileiros. Antes que os manifestantes atingissem sua casa, que foi totalmente destruída e saqueada, ele e sua mulher conseguiram fugir para se abrigar na casa de um amigo. O casal oferece, diariamente, 250 pratos de comida para as crianças atendidas no quintal de sua casa, em Niamey. Em todo o Níger são 1.200 refeições. O trabalho é voluntário e conta com a ajuda de cerca de 90 pessoas. Fonte: G1.