O antiamericanismo anda em alta na Europa, no Oriente Médio e na Ásia, onde a imagem da China é melhor do que a dos EUA, revelou uma pesquisa com 17 mil pessoas de 16 países divulgada nesta quinta-feira.
A sondagem, realizada pelo Centro Pew de Pesquisa e que também foi feita nos EUA, mostra uma ligeira melhoria na percepção da imagem americana no exterior em relação a 2004, embora ainda continue sendo majoritariamente negativa.
- É incrível comprovar que os europeus dão aos EUA uma classificação tão baixa, sobretudo em comparação à China - disse Andrew Kohut, diretor do centro,.
Os únicos locais onde houve uma mudança positiva significativa na imagem dos americanos foi na Indonésia, na Índia e na Rússia. Os demais países têm uma percepção negativa dos EUA e desconfiam do presidente americano George W. Bush, cuja a popularidade é especialmente baixa no mundo muçulmano.
Como exemplo, a pesquisa destaca que apenas 1% dos jordanianos, 8% dos turcos e 10% dos pasquitaneses confiam em Bush.
Por sua vez, os europeus e canadenses entrevistados lamentaram o fato de o presidente americano ter sido reeleito. Nesse sentido, 77% dos alemães, 54% dos canadenses e 74% dos franceses disseram que a reeleição da Bush fez com que eles vissem os EUA mais negativamente.
A guerra no Iraque, que aumentou o antiamericanismo em escala planetária, foi criticada pela maioria dos entrevistados.
Embora a imagem da China seja melhor do que a dos EUA em 11 dos 16 países que paticiparam da pesquisa, os entrevistados disseram não querer ver Pequim se transformando em uma potência militar maior do que Washington. Com exceção da Turquia, a maioria dos entrevistados acha que a emergência da China como uma superpotência militar seria um fenômeno negativo.
