Imigração cancela green card e deporta mulher por crime cometido há 20 anos em Miami

Por Gazeta News

DEPORTation fanny lorenzo facebook
[caption id="attachment_169615" align="alignleft" width="345"] Fanny Lorenzo com o filho. Foto: Facebook via El Nuevo Herald.[/caption] A imigrante residente de Miami-Dade, Fanny Lorenzo, 50 anos, teve o green card cancelado e foi deportada para a Nicarágua após 20 anos nos Estados Unidos, por um crime cometido em 1997, pelo qual ela já tinha cumprido pena. As informações são do Miami Herald. Lorenzo chegou ilegalmente aos Estados Unidos no final dos anos 80 cruzando a fronteira perto de Brownsville, no Texas. Em 1995, se casou com um cidadão americano e se tornou residente legal. Em 1997, a nicaraguense cumpriu cinco anos de liberdade condicional por envolvimento em uma operação de cultivo de maconha junto com o marido em sua residência em Miami. Na época, cooperou com as autoridades e cumpriu pena em liberdade enquanto o marido ficou cinco anos preso. Ela também foi condenada a pagar mais de $10 mil à empresa de energia FPL por furtar energia elétrica usada na plantação de maconha. “Eu era muito jovem e apenas acompanhava meu marido. Eu não era culpada, ele sim”, disse Fanny. Porém, no mês passado, essa prisão de 20 anos resultou em sua deportação para a Nicarágua, sua terra natal. Depois que cumpriu pena, Lorenzo manteve e renovou sua residência legal no país, divorciou-se do marido, comprou um trailer para morar com o filho que se tornou soldado do Exército dos EUA. Ela nunca mais foi presa ou teve qualquer outro registro criminal e chegou a viajar várias vezes até a Nicarágua para visitar a família. Mas no outono passado, ao voltar aos EUA depois da última viagem à terra natal, agentes da alfândega no Aeroporto Internacional de Miami questionaram sua condenação criminal de duas décadas. Lorenzo foi autorizada a entrar no país, mas em poucas semanas, as autoridades revogaram seu green card e ela foi levada para um centro de detenção, onde permaneceu por mais de quatro meses antes de ser deportada em junho. Tanto Lorenzo quanto seu filho, um soldado de 23 anos que será enviado para o Japão em breve, estão tentando entender por que ela foi deportada depois de 20 anos e com um registro limpo desde então. "Eu nunca pensei que eles iam me deportar. Eu não sou uma delinquente", disse Lorenzo de 50 anos nesta semana por telefone de Manágua. "Isso foi há 20 anos, se eles virem meu registro, meu registro é impecável." A advogada, Evelyn Alonso, disse que "o caso de Fanny é único porque sua ofensa de deportação aconteceu aproximadamente 20 anos atrás". Deportação de imigrantes há mais tempo no país Além dos imigrantes que atravessam a fronteira ilegalmente, numa das mudanças na política de imigração do atual governo, o Department of Homeland Security (Departamento de Segurança Interna dos EUA) iniciou uma força-tarefa visando também cidadãos naturalizados que cometem crimes ou mentem sobre seu passado criminoso para obter a cidadania. Os dados do Transactional Records Access Clearinghouse –TRAC- mostram um pequeno aumento nos casos contra pessoas que viveram no país há pelo menos dois anos ou mais que foram deportadas. Por exemplo, em março, 43% dos novos casos de imigrantes detidos pelo DHS envolveram pessoas que chegaram há mais de dois anos. Isso é um forte contraste com o último mês do governo Obama, quando apenas 6% dos novos casos foram registrados envolvendo pessoas que estiveram no país há pelo menos dois anos, segundo dados do TRAC, compilado pela Universidade de Syracuse. Com informações do Miami Herald. Leia também Imigrantes correm o risco de deportação após fraude para Green Card Juiz suspende deportação de equatoriano preso ao entregar pizza em base militar de NY