Debate: Imigração e economia foram temas centrais

Por Gazeta News

debate republicano

Os pré-candidatos republicanos à presidência dos EUA deram ênfase a assuntos como a economia e a situação dos imigrantes indocumentados durante o quarto debate presidencial do partido, realizado no dia 10, em Milwaukee. O debate foi patrocinado pelo “Wall Street Journal” e pela “Fox Business Network”.

Os atuais principais candidatos - o empresário Donald Trump e o aposentado neurocirurgião Ben Carson - também sinalizaram sua oposição a um aumento do salário mínimo. Em um dia em que trabalhadores de redes de fast-food realizaram protestos em todo o país para pressionar por um salário mínimo de $ 15 dólares por hora (o atual é de $7,25 dólares por hora), Trump disse que se opõe ao aumento, citando a necessidade de competir com outras nações. “Eu odeio dizer isso, mas temos que deixá-lo (o salário mínimo) do jeito que está”, disse ele. Já Carson observou que ele foi capaz de entrar no mercado de trabalho enquanto ainda era adolescente devido ao salário mínimo, que não era tão alto.

Depois de três debates presidenciais, o quarto confronto teve como destaque a posição firme de Trump sobre a imigração, o que tem dividido os candidatos, e uma questão que não deve ir muito longe, dada a porcentagem crescente de eleitores hispânicos.

O governador de Ohio, John Kasich, e o ex-governador da Flórida, Jeb Bush, desafiaram Trump sobre a questão imigratória. O empresário tem como proposta construir um muro na fronteira com o México e deportar 11 milhões de pessoas. “Pense nas famílias, pense nas crianças”, disse Kasich. “Vocês sabem que não dá para pegá-los e despachá-los através da fronteira. É um argumento fraco. Não é um argumento adulto”, acrescentou o governador de Ohio. Bush, por sua vez, disse que as propostas de Trump levariam os eleitores latinos a votar em Hillary Clinton.

Em seu direito de resposta, Trump afirmou que permitir que os imigrantes ilegais vivam nos EUA é “muito, muito injusto” para aqueles que esperam para entrar no país legalmente.