Imigração e Votos

Por Gazeta Admininstrator

O chefe do Comitê Judiciário do Senado, Arlen Specter (R-PA) apresentou uma proposta de legislação que cria um novo programa de trabalho para estrangeiros e dá margem à ampliação dramática da imigração legal, que alguns estimam em mais de 1 milhão anualmente. A meta do senador, avalia o jornal Washington Times, seria levantar a discussão dentro da área de seu comitê, já preparando o tema para o grande debate no senado, no início do ano que vem sobre a revisão das leis de imigração.
A proposta de Specter inclui autorização para que os atuais ilegais retornem para casa por um curto período de tempo e então voltem aos Estados Unidos e, eventualmente, ganham a cidadania americana. O projeto, de acordo com o Washington Times, vai permitir o aumento dramático da imigração legal, muito mais do que qualquer outra já apresentada ao senado.
Imigração e segurança de fronteira tornaram-se o tema mais quente em Washington, com senadores e membros do Congresso apresentando propostas e mais propostas. O Senado está se preparando para um amplo debate no início do ano que vem, incluindo a criação de uma nova onda de entrada de trabalhadores, como a proposta por Specter, um republicano da Pennsulvania.
O Senado, enquanto isso, tem pressionado para uma votação específica sobre reforço da segurança de imigração e de fronteira. “O que queremos fazer é voltar para casa dizendo que demos o primeiro passo, e não apenas em nível de discussões, mas que votamos algo”, disse o republicano Jack Kingston, da Georgia, vice-presidente da House Republican Conference.
As duas aboradagens subestimam a dificuldade que o Congresso terá unificar uma proposta para aprovação do presidente Bush, especialmente quando, disse Kingston, as políticas de imigração agora atingiram o patamar de discussão sobre “raça, armas, religião e social security”, temas mais voláteis da política americana.
Como presidente do Comitê Judiciário, Specter poderá controlar o rumo dos debates no Senado. Suas medidas incluem também a determinação de que ilegais voltem para casa, mas apenas por um período curto de tempo antes que retornem aos EUA, já no caminho da cidadania.
Sua maior contribuição, no entanto, é o aumento do número total de green cards ou imigração legal.
Uma revisão feita pela NumbersUSA, que defende a redução dos níveis de imigração, concluiu que o nível de imigrações legais permanentes poderia dobrar as 900 mil verificadas no ano fiscal de 2004.
Rosemary Jenks, diretora do grupo de assuntos governamentais diz que a proposta de Specter aumenta a cobertura para famliares de imigrantes em 254 mil anuais, amplia o número de vistos baseados em trabalho em 150 mil por ano. “A minha melhor estimativa é de que vai mais do que dobrar o número de vistos, então será mais um milhão por ano”, disse Jenks.
Uma breve análise feita pelo advogado da Federação Americana de Reforma de Imigração, Michael M. Hethmon, também aponta para um grande aumetnto. “Em termos de imigração em massa, eles pela política do “algo para todos”, disse Hethmon.
O Senado,enquanto isso, parece estar mais disposto a apontar os comerciantes que empregam estrangeiros ilegais.
Kingston disse que fazendeiros do seu distrito estão divididos porque eles não querem contratar estrangeiros ilegais, mas percebem que devem fazê-lo para poder competir com outros fazendeiros que não têm restrições aos ilegais. “Se as pessoas podem escapar de uma prisão de segurança máxima, elas podem certamente conseguir entrar ilegalmente nos EUA”, disse Kingston. “A questão é por que eles querem entrar nos EUA? Eles querem entrar para conseguir um emprego, então vamos secar a fonte”, finalizou Kingston.

O Comitê de Homeland Security do Senado aprovou proposta que dá fim à política do “prende e solta”, que consiste em liberar não-mexicanos ilegais na condição de que compareçam à corte determinado tempo depois para receber um aviso de deportação.
O projeto também amplia o “expedited removal”, ou ordem de deportação, que deve reduzir o prazo necessário para mandar os ilegais para casa.
Entre outras, as medidas apresentadas dão fim ao direito automático de cidadania aos filhos de ilegais nascidos em solo americano, propõem a criação de uma barreira ao longo da fronteira, seja ela em forma de muro ou com recursos eletrônicos, ou em uma combinação de ambos, autorizam a detenção de ilegais por violação das leis de imigração e forçam autoridades federais a removerem os estrangeiros ilegais, e aumentam as penalidades para empregados que contratem ilegais.