Detenções na fronteira caem pelo sexto mês consecutivo

O número de migrantes detidos na fronteira sul dos Estados Unidos caiu pelo sexto mês consecutivo em novembro, segundo dados divulgados segunda-feira (9) pelo US Customs and Boarder Patrol (CBP).

Cerca de 33.500 migrantes foram detidos pelas autoridades de imigração no mês passado, uma queda de 2 mil pessoas em relação a outubro em uma tendência contínua desde maio. Em maio, as apreensões chegaram ao número mais alto dos últimos 10 anos.

Além dos detidos na fronteira, cerca de 9.100 migrantes foram considerados inadmissíveis no mês passado depois de se apresentarem legalmente nos portos de entrada. Isso elevou o número total de migrantes lidando com a ação das autoridades de fronteira para 42.649 no mês passado.

O governo do presidente Donald Trump continua sua campanha agressiva para diminuir o número de migrantes - incluindo aqueles que buscam asilo - que chegam à fronteira sul dos EUA.

As autoridades creditam uma série de iniciativas políticas pelo declínio das apreensões de migrantes. Entre elas estão parcerias com o México e os três países da América Central conhecidos como Triângulo do Norte (Hunduras, Guatemala e El Salvador).

Nos últimos meses, o governo dos EUA estabeleceu acordos controversos de asilo com Honduras, Guatemala e El Salvador, que permitiriam aos EUA enviar solicitantes de asilo de volta a esses países para buscar asilo lá.

O pacto com a Guatemala entrou em vigor no mês passado e o governo começou a enviar migrantes dos EUA para a Guatemala sob o acordo.

Os acordos foram amplamente criticados por advogados de imigração e outros grupos de proteção que argumentam que esses países não são seguros.

A região luta contra o crime e a pobreza, e os migrantes fugiram da área em massa nos últimos anos em busca de segurança.

Sob um programa separado chamado Migrant Protection Protocol, conhecido comumente como "Permanecer no México", mais de 50 mil migrantes foram devolvidos ao México para aguardar suas audiências nas cortes de imigração fora dos EUA. Isso criou inúmeras tendas do lado mexicano da fronteira, onde famílias dormem por semanas ou meses em condições precárias. Com informações do US News and World Report.