Indocumentados tornam-se "essenciais" no campo durante a pandemia

A colheita no campo entrou na lista de "serviços essenciais" e imigrantes receberam uma "carta de autorização" para seguirem trabalhando

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Imigrantes portam cartas de "trabalhador essencial" no campo.

Os imigrantes, trabalhadores do campo, foram instruídos a continuar trabalhando apesar das diretrizes para ficar em casa, e receberam cartas atestando seu papel "crítico" na alimentação do país.

Em reportagem especial, o NY Times mostrou como a pandemia de coronavírus trouxe um tipo incomum de reconhecimento aos imigrantes que agora portam uma carta de seu empregador declarando que o Departamento de Segurança Interna os consideram "fundamental para a cadeia de suprimento de alimentos".

Falsa segurança

Porém, as cartas de "trabalhador essencial" que muitos portam diariamente agora não são um passe livre das autoridades de imigração, que ainda podem deportar os trabalhadores de campo indocumentados a qualquer momento. Mas as autoridades policiais locais percebem que as cartas podem dar aos imigrantes uma falsa sensação de segurança.

70% da força sazonal

Para muitos trabalhadores, o fato de agora serem considerados essenciais é uma ironia. "É triste que seja necessária uma crise de saúde como essa para destacar a importância dos trabalhadores rurais", disse Hector Lujan, executivo-chefe da Reiter Brothers, um produtor de frutas de propriedade familiar com sede em Oxnard, Califórnia.

De acordo com pesquisa realizada em 2017 com agricultores pelo California Farm Bureau, 55% relataram escassez de mão-de-obra, e o número foi de quase 70% para aqueles que dependem de trabalhadores sazonais.

Programa H-2A

As plantações de morango na Califórnia, os pomares de maçã em Michigan e as fazendas leiteiras em Nova York e Idaho estão lutando com uma força de trabalho cada vez menor. Para driblar a escassez os produtores tem utilizado o programa H-2A. O número de trabalhadores contratados com esse visto foi de 257.667 no ano fiscal de 2019, em comparação com 48.336 trabalhadores no ano fiscal de 2005.

De março a agosto a agricultura americana registra seu pico de atividade. As cartas de "trabalhadores essenciais" chegaram em boa hora para esses e outros estados que admitem depender dos imigrantes.

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