Advogada brasileira acompanha a contagem de votos da eleição nos EUA

Ingrid Domingues mora na Flórida e atua na área imigratória

Por

Ingrid Domingues está acompanhando a recontagem dos votos.

A advogada brasileira Ingrid Domingues McConville, que mora na Flórida e atua na área imigratória há quase 30 anos nos Estados Unidos está acompanhando a contagem e recontagem dos votos da eleição e fala sobre o sistema complexo da eleição americana. "É um sistema mais complexo e não acabou ainda. Somente o governo tem a autonomia de dizer que um presidente foi eleito, não a mídia. Quando não há nenhuma controvérsia e fecham as contagens em todos os estados, até pode se dizer que há um vencedor no dia seguinte, como foi feito. Mas não é o caso desta eleição, onde votos ainda estão sendo contados e recontados", explicou ao Gazeta News a advogada.

Primeiro, Domingues participou da contagem em centros eleitorais da Geórgia a convite do Partido Republicano, do candidato Donald Trump. E agora, segundo ela, deve ir para outro lugar porque alguns estados estão correndo contra o tempo para finalizar as contagens até o dia 8 e 14 de dezembro - prazo oficial para os estados encerrarem e informarem os números às instituições eleitorais.

Para Ingrid, o mais importante agora é manter a integridade do sistema eleitoral dos EUA. "É um sistema eleitoral complexo e agora não é questão de contar ou recontar votos pra ver quem ganhou, mas se vai ser respeitado o sistema, os questionamentos quanto aos resultados dos estados onde houve dúvida ou fraude e se vamos ter um país para governar. É isso", salienta Domingues.

Apesar de projeções darem a vitória ao democrata Joe Biden, alguns Estados, como a Geórgia, Carolina do Norte, Arizona e Pensilvânia ainda estão em processo de contagem e recontagem. Por isso, o resultado não foi certificado. Donald Trump afirmou, sem apresentar evidências, que houve fraude eleitoral. O republicano contestou os resultados de locais onde Biden venceu, como Geórgia, Wisconsin, Nevada e Pensilvânia. Na terça-feira, 10, o procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, autorizou investigações sobre supostas "irregularidades na apuração de votos" na eleição.