Biden inclui latino para chefiar o DHS e mulher para diretoria de inteligência nacional

Por Arlaine Castro

Democratic 2020 U.S. presidential nominee Joe Biden speaks at his election rally, after the news media announced that Biden has won the 2020 U.S. presidential election over President Donald Trump, in Wilmington, Delaware, U.S., November 7, 2020. REUTERS/Jim Bourg

O candidato democrata Joe Biden anunciou nesta segunda-feira, 23, nomes para cargos importantes de sua equipe presidencial em segurança nacional e relações externas. Dentre eles, os de maior repercussão são os do cubano naturalizado americano, Alejandro Mayorkas, para o Departamento de Segurança Interna (Department of Homeland Security) e Avril D. Haines como diretora de inteligência nacional.

Mayorkas seria o primeiro imigrante nessa posição e Haines a primeira mulher na posição de maior inteligência do país.

Apesar de não ter sido oficialmente declarado vencedor da eleição, Biden conquistou 306 delegados contra 232 de Trump. Como precisa de 270 delegados, pela projeção de votos, Biden já conquistou a presidência. 

Para sua equipe, o democrata também confirmou que planeja nomear John F. Kerry como enviado presidencial especial para o clima, Antony Blinken como secretário de Estado, Jake Sullivan como conselheiro de segurança nacional e Linda Thomas-Greenfield como embaixadora dos EUA nas Nações Unidas. A ex-presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, pode ser nomeada como sua secretária do Tesouro, relata o portal NPR. Yellen, de 74 anos, foi a primeira cadeira feminina do Fed e seria a primeira mulher a chefiar o Tesouro dos EUA.

Segundo o jornal "The New York Times", a equipe reúne altos funcionários do governo Obama e a maioria trabalhou em conjunto no Departamento de Estado e na Casa Branca. Mayorkas foi vice-secretário do Departamento de Segurança Interna durante o governo Obama.

Eles compartilham a ideia de política externa do Partido Democrata, que inclui cooperação internacional, fortes alianças e cautela quanto a intervenções estrangeiras após as guerras no Iraque e Afeganistão.

No anúncio, o escritório de Biden disse em comunicado que "esses líderes experientes e testados em crises começarão a trabalhar imediatamente para reconstruir nossas instituições, renovar e reimaginar a liderança americana [...] e enfrentar os desafios definidores de nosso tempo — de doenças infecciosas a terrorismo, proliferação nuclear, ameaças cibernéticas e mudanças climáticas".

Transição

Emily Murphy, a administradora dos Serviços Gerais, ainda não reconheceu Biden como o "vencedor aparente", o que é necessário para liberar fundos governamentais e escritórios ao presidente eleito. A porta-voz de Murphy disse que esta segue um precedente e tomará uma decisão assim que o vencedor estiver claro.

“Não podemos esperar mais uma semana para obter informações básicas sobre sua recusa em fazer a determinação de apuração”, escreveram os democratas em uma carta na tarde desta segunda-feira, 23. “Cada dia a mais que é desperdiçado é um dia em que a segurança, saúde e bem-estar do povo americano está em perigo, pois a administração Biden-Harris está impedida de se preparar totalmente para a pandemia de coronavírus, a terrível crise econômica de nosso país nossa segurança nacional. ” Com informações do The Washington Post.