EUA vão cobrar fiança de US$ 15.000 para emissão de vistos B-1 e B-2

Potenciais turistas e visitantes de mais de 20 países, principalmente da África, terão que pagar até US $ 15.000 para obter um visto para os Estados Unidos sob uma nova regra do governo Trump anunciada na terça-feira, 24.

De acordo com o Departamento de Estado, a medida servirá para enviar aos países incluídos "uma mensagem" para encorajar seus cidadãos a cumprirem as condições impostas sob os vistos. Os países foram selecionados pela alta taxa de cidadãos que ultrapassam o tempo de permanência nos EUA após o vencimento. O programa piloto não se aplica a candidatos a visto de estudante ou imigrantes.

Sob o programa piloto de seis meses, a partir de 24 de dezembro, as autoridades consulares dos EUA podem começar a exigir que os candidatos aos vistos B-1 e B-2 vindos dos países selecionados paguem uma fiança de $ 5.000, $ 10.000 ou $ 15.000, de acordo com a regra final temporária emitida pelo Departamento de Estado.
Os funcionários consulares podem analisar o objetivo da viagem, o emprego, a renda, as habilidades e a educação do solicitante do visto para fazer essas determinações.

"O Programa Piloto foi elaborado para ser aplicado a cidadãos de determinados países com altas taxas de estadia prolongada para servir como uma ferramenta diplomática para encorajar governos estrangeiros a tomarem todas as ações apropriadas para garantir que seus cidadãos deixem os Estados Unidos em tempo hábil após fazer visitas temporárias", afirma a regra .

Dos 23 países sujeitos às novas regras, 15 são africanos. São eles Angola, Burkina Faso, Burundi, Cabo Verde, Chade, República Democrática do Congo, Djibouti, Eritreia, Gâmbia, Guiné-Bissau, Libéria, Líbia, Mauritânia, São Tomé e Príncipe e Sudão. Os requerentes de visto do Afeganistão, Butão, Birmânia, Irã, Laos, Papua Nova Guiné, Síria e Iêmen também podem ser obrigados a pagar a fiança.

Não está claro se a próxima administração democrata de Joe Biden mudará ou suspenderá as regras de garantia de visto. Biden prometeu derrubar muitas das políticas de imigração do presidente Trump.